Francesco De Cicco O QSP/NGR - Núcleo de Gestão de Riscos - contou com o apoio de 136 empresas privadas e 62 entidades e órgãos da administração pública que responderam os respectivos questionários. Os resultados do levantamento permitem conhecer alguns aspectos básicos sobre como a Gestão de Riscos é entendida, valorizada e aplicada nessas organizações, e permitem obter subsídios para que o QSP/NGR possa melhor atender às necessidades e expectativas de seus clientes. Acreditamos que os resultados da Pesquisa Preliminar aqui apresentados serão úteis para todos os interessados no tema, pois fornecem uma visão panorâmica do desenvolvimento da Gestão de Riscos no Brasil, bem como podem servir de balizadores para as organizações que desejam implementar a GR de forma estruturada e sistemática. Compreensão de "Risco" Na iniciativa privada, mais de 94% das pessoas que responderam a pesquisa concordam ou concordam fortemente que a Gestão de Riscos é fundamental para que os objetivos de suas organizações sejam atingidos. Na administração pública, esse porcentual foi de 100%! Entretanto, somente 12,9% dos que participaram do levantamento na administração pública disseram que existe uma definição única de "risco", que é utilizada por toda a organização em que atuam. Na iniciativa privada, esse porcentual foi de 37,7%.
Figura 1 - Iniciativa Privada Figura 2 - Administração Pública Figura 3 - Iniciativa Privada Figura 4 - Administração Pública
Na iniciativa privada, 37,5% das pessoas que responderam a pesquisa disseram que os objetivos da Gestão de Riscos de suas organizações foram claramente definidos. Contudo, na administração pública esse porcentual foi de apenas 9,7%. Figura 5 - Iniciativa Privada Figura 6 - Administração Pública
As "10 mais" oportunidades e ameaças que foram mencionadas pelos participantes de ambas as enquetes foram: Oportunidades · Parcerias Público-Privadas (PPPs) · Falhas de TI
Principais Riscos Na iniciativa privada, os Riscos Operacionais foram apontados por 75% das pessoas que participaram da pesquisa como sendo os mais comuns. Na administração pública, o maior porcentual recaiu sobre os Riscos Estratégicos, que foram assinalados por 61,3% dos participantes. As figuras a seguir mostram em ordem decrescente as principais categorias de riscos identificados pelas organizações que tomaram parte das duas enquetes. Figura 7 - Iniciativa Privada Figura 8 - Administração Pública
As principais barreiras para uma Gestão de Riscos eficaz e os incentivos mais relevantes para melhorar o gerenciamento de riscos das organizações que participaram das duas pesquisas estão listados a seguir. Barreiras · "Não existe conscientização para a Gestão de Riscos" Incentivos · "Investimentos em TI" Considerações Finais Muito ainda deve ser investigado para se conhecer em profundidade como, de fato, a Gestão de Riscos é entendida e praticada nas organizações brasileiras. Este trabalho do QSP/NGR é apenas uma “survey” preliminar que, numa vista panorâmica, mostra que, tanto na iniciativa privada como na administração pública (e nesta de maneira muito mais acentuada), há um longo caminho a ser percorrido até que tenhamos um número expressivo de empresas e instituições com processos bem estruturados e sistematicamente implementados para avaliar e manejar riscos de forma eficiente, e com as pessoas envolvidas devidamente capacitadas para identificar e analisar o potencial desses riscos se materializarem. A Pesquisa Preliminar também forneceu subsídios valiosos para que o QSP/NGR possa melhor atender às necessidades e expectativas de seus clientes, principalmente através da disseminação de boas práticas de Gestão de Riscos, e de atividades de educação, treinamento e fomento à participação em fóruns e comitês de profissionais interessados no tema. A todos que participaram, os nossos sinceros agradecimentos.
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