Terminologia
internacional conforme ISO Guide 73
Risco
(risk)
combinação da probabilidade de um evento e de suas conseqüências.
Nota 1 - Geralmente o termo "risco" é utilizado somente
quando há, pelo menos, a possibilidade de conseqüências negativas.
Nota 2 - Em alguns casos, o risco decorre da possibilidade de desvio em
relação ao evento ou resultado esperado.
Nota 3 - Vide ISO Guide 51 para informações sobre questões
relacionadas à segurança.
Conseqüência (consequence)
resultado de um evento.
Nota 1 - Pode haver mais de uma conseqüência de um evento.
Nota 2 - As conseqüências podem variar de positivas a negativas.
Contudo, as conseqüências são sempre negativas no que se refere aos
aspectos de segurança.
Nota 3 - As conseqüências podem ser expressas qualitativa ou
quantitativamente.
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A
volta dos que não foram
Pois é, amigos. Quando o QSP anunciou que iria retomar as atividades
sobre Gestão de Riscos e que eu iria coordenar a coluna Risk
Management,
recebi diversos e-mails enaltecendo a iniciativa e me desejando sucesso
nesse "retorno à área".
Ocorre, entretanto, que tanto eu como, certamente, cada um de vocês
nunca deixamos de praticar, consciente ou inconscientemente, a Gestão de
Riscos nas nossas vidas e nas empresas em que atuamos...
Por exemplo,os Sistemas Integrados de Gestão (SIGs), muito difundidos
pelo QSP e implantados em inúmeras organizações, nada mais são do que
uma parte substancial da estratégia -declarada ou não- de Gestão de
Riscos de uma empresa...
É, portanto, das várias aplicações e da grande abrangência da GR
que pretendo tratar nesta coluna.
Sejam todos bem-vindos!
Mesma
linguagem
A Gestão de
Riscos é uma disciplina em constante evolução. Várias tentativas têm
sido feitas para dar uma certa "padronização" ao tema, para
que os stakeholders (ou "partes envolvidas") e os
diversos públicos e setores que adotam a GR possam ter um entendimento
comum e falar a mesma língua, quando se trata de administrar os riscos
empresariais (e eu acrescentaria - por que não, com as devidas
adaptações - os riscos pessoais e familiares!).
Começando pela
norma australiana e neozelandesa AS/NZS 4360, publicada em 1995 e revisada
em 1999 (veja o manual que o QSP está lançando em português sobre
esse padrão pioneiro), seguida por normas sobre Gestão de Riscos do
Canadá (em 1997), da Grã-Bretanha (em 2000) e do Japão (em 2001),
chega-se ao ISO/IEC Guide 73, Risk Management - Vocabulary - Guidelines
for use in standards, publicado em 2002 pela International
Organization for Standardization (ISO) e pela International
Electrotechnical Commission (IEC), ambas com sede em Genebra, na
Suiça.
O ISO Guide
73, como eu o chamarei nesta coluna para fins de simplificação,
define 29 termos da Gestão de Riscos, os quais foram agrupados nas
seguintes categorias: a) Termos básicos; b) Termos relacionados a pessoas
ou organizações afetadas por riscos; c) Termos relacionados à
avaliação de riscos; d) Termos relacionados ao tratamento e controle de
riscos.
As definições
não foram elaboradas para cada área de aplicação da GR. Cada
definição procura ser genérica e a mais ampla possível. O conteúdo do
guia é muito mais que um simples "vocabulário", pois permite
aos usuários terem uma boa idéia do que é a Gestão de Riscos.
Os membros do
grupo de trabalho que elaborou o ISO Guide 73 esperam que, com esse
guia, profissionais e especialistas das mais diversas áreas (finanças,
segurança, saúde, meio ambiente etc) consigam agora se entender e falar,
finalmente, a mesma linguagem...
Os primeiros
termos que separei estão aí ao lado. Em cada edição da coluna,
pretendo apresentar 2 ou 3 deles.
O
processo de Gestão de Riscos
A norma AS/NZS
4360, a primeira do mundo sobre Sistemas de Gestão de Riscos
Empresariais, propõe um processo estruturado para o gerenciamento dos
mais diversos tipos de riscos, entre os quais destaco: os relacionados à
segurança, ao meio ambiente e à qualidade de produtos e serviços; os
riscos financeiros e os riscos relacionados a seguros e a políticas
públicas.
Veja aqui
o processo de GR proposto pela referida norma.
Riscos
e probabilidades
Escrevi sobre esse assunto em 1985. Nele, abordo a
distinção entre probabilidade
subjetiva (likelihood) e probabilidade objetiva (probability).
Para acessar um resumo do texto, clique aqui.
Para
os que lêem em inglês
Recomendo o seguinte artigo de
H.
Felix Kloman:
Enterprise
Risk Management: Past, Present and Future.
Conheça
aqui
um pouco da minha história e da minha carreira. |
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