Últimas Notícias

 

 

 

1ª PARTE

Publicado em janeiro de 2003
Responsabilidade Social 
SA 8000: um sistema de certificação de âmbito mundial para monitorar a responsabilidade social das empresas

Nos últimos anos, tem-se desenvolvido uma série de iniciativas que buscam introduzir um sistema de monitoramento social que possa se tornar um padrão útil no mercado. Várias ONGs têm examinado de perto toda essa situação, e algumas delas têm trabalhado diligentemente para oferecer alternativas de monitoramento. Essas organizações buscam uma opção eficaz e confiável para que as empresas monitorem a conformidade social nos locais de trabalho de suas próprias unidades e das de seus fornecedores.

Uma dessas iniciativas é a norma de Responsabilidade Social - SA 8000, desenvolvida em 1997 e revisada em 2001 pela Social Accountability International - SAI, uma organização não-governamental com sede nos Estados Unidos e com representantes de entidades de vários países.

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Publicado em janeiro de 2003
ISO 9001:2000
Dicas para a documentação do Sistema de Gestão da Qualidade

Apresentamos a seguir alguns comentários que poderão ajudar os usuários da ISO 9001:2000 a melhor entender o significado dos requisitos gerais de documentação da norma.

  • Os requisitos para a política da qualidade são definidos na seção 5.3 da ISO 9001:2000. A política documentada da qualidade deve ser controlada de acordo com os requisitos da seção 4.2.3. Algumas empresas podem ter que revisar sua política da qualidade pela primeira vez, de forma a cumprir com os requisitos da ISO 9001:2000, e precisarão prestar atenção especial aos itens (c), (d) e (g) da seção 4.2.3.

  • Os requisitos para os objetivos da qualidade encontram-se definidos na seção 5.4.1 da ISO 9001:2000. Esses objetivos documentados da qualidade também estão sujeitos aos requisitos de controle de documentos da seção 4.2.3.

  • A seção 4.2.2 especifica o conteúdo mínimo para o manual da qualidade. O formato e a estrutura do manual são decisões a cargo de cada empresa e irão depender do tamanho, da cultura e da complexidade da organização. Algumas empresas podem escolher utilizar o manual da qualidade para outros propósitos além da simples documentação do SGQ.

  • A ISO 9001:2000 exige, especificamente, que a empresa tenha "procedimentos documentados" para as seguintes atividades: controle de documentos (4.2.3); controle de registros (4.2.4); auditoria interna (8.2.2); controle de produto não-conforme (8.3); ação corretiva (8.5.2); ação preventiva (8.5.3).

  • Algumas empresas podem achar conveniente unir os procedimentos para diversas atividades em um único procedimento documentado (por exemplo, ações corretivas e preventivas). Outras podem preferir documentar uma dada atividade utilizando mais de um procedimento documentado (por exemplo, auditorias internas). Ambos os métodos são aceitáveis.

  • Algumas organizações (particularmente as maiores, ou aquelas com processos mais complexos) podem exigir procedimentos documentados adicionais (particularmente os relacionados aos processos de realização de produtos) de forma a implementar um SGQ eficaz.

  • Outras empresas podem precisar de procedimentos adicionais, mas o tamanho e/ou cultura da organização pode permitir que tais procedimentos sejam efetivamente implementados sem necessariamente serem documentados. Entretanto, de forma a demonstrar o cumprimento com a ISO 9001:2000, a empresa deve ser capaz de fornecer evidência objetiva (não necessariamente documentada) de que seu SGQ foi efetivamente implementado.

  • Para que uma empresa demonstre a implementação eficaz de seu SGQ, talvez seja necessário desenvolver outros documentos além dos procedimentos documentados. No entanto, os únicos documentos especificamente mencionados na ISO 9001:2000 são: política da qualidade (seção 4.2.1.a); objetivos da qualidade (seção 4.2.1.a); manual da qualidade (seção 4.2.1.b).

  • Há vários requisitos da ISO 9001:2000 onde uma empresa pode agregar valor a seu SGQ e demonstrar conformidade através da preparação de outros documentos, mesmo que a norma não os solicite especificamente. Eis alguns exemplos: mapas, fluxogramas e descrições de processos; gráficos organizacionais; especificações; instruções de trabalho ou de ensaio; documentos contendo comunicações internas; cronogramas de produção; listas de fornecedores aprovados; planos de ensaio e inspeção; planos da qualidade.

Se sua empresa necessitar do apoio do QSP para a implementação do Sistema de Gestão da Qualidade em conformidade com a ISO 9001:2000, mande um e-mail para a nossa Divisão de Consultoria e Auditoria, para que possamos estruturar na seqüência um Plano de Ação adequado às necessidades e características de sua organização. E-mail: consultoria@qsp.org.br.

Publicado em fevereiro de 2003
O que é satisfação do cliente?

No mundo corporativo, há uma crescente demanda por pesquisas que dêem suporte à tomada de decisões da direção. A pesquisa com clientes é um componente vital do processo de melhoria contínua da qualidade dos produtos e serviços prestados ao cliente. Um programa de pesquisa conjunto, que reflita com precisão as opiniões, necessidades e aspirações do segmento de clientes correspondente, é necessário para qualquer empresa bem-sucedida que aspire ser mais do que uma simples "loja de esquina".

A capacidade de toda grande organização para atender ao objetivo de uma boa medição da satisfação de clientes pode ser limitada pela falta de um feedback relevante, confiável e representativo. O que nós queremos dizer com isso? Simplesmente que, sem uma pesquisa formal e bem-direcionada, a tendência é obtermos um feedback irrelevante, não-confiável e não-representativo de nossa base de clientes. Como isso pode acontecer?

  • Primeiro, podemos obter um feedback irrelevante caso os clientes nos dêem respostas que não tenham qualquer relevância para os nossos objetivos. Nossa tarefa, então, é criar um programa de pesquisa estruturado.
  • Segundo, podemos desenvolver um círculo vicioso de feedbacks que não são confiáveis devido ao fato de estarem fora do contexto. Ou seja, podemos gerar constatações que são verdadeiras apenas para um local, momento ou pessoa. Portanto, essas constatações não são válidas para diferentes segmentos ou para um outro momento. A tarefa, então, é escolher uma série de locais (ou pontos de contato com clientes) para a pesquisa e assegurar-nos de que conhecemos as variáveis externas que estarão agindo sobre os clientes no momento em que a pesquisa for conduzida.
  • Terceiro, podemos gerar um feedback não-representativo simplesmente pela escolha dos clientes errados, com os quais iremos falar. Para superar esse problema, precisamos escolher com cuidado os clientes para participar da pesquisa, de maneira que eles possam ser, de alguma forma, representativos da base maior de clientes.

O que é então "satisfação de clientes"? Podemos defini-la como:

  • A extensão até onde foram atendidas as expectativas do cliente quanto ao produto.(*)
  • O nível até onde o produto atendeu às necessidades do cliente.

Assim sendo, a medição da satisfação do cliente dever aferir o nível das expectativas atendidas (e não atendidas), e a extensão até onde as necessidades dos clientes foram atendidas mediante qualquer interação com o produto. Dessa forma, toda interação do cliente com os produtos/serviços da empresa se reflete sobre a qualidade, e é um ponto potencial de medição da satisfação do cliente.

(*) A definição da ISO 9001:2000 para "produto" inclui serviços (ex.: transporte), informações (ex.: programa de computador), materiais e equipamentos (ex.: parte de um motor) e materiais processados (ex.: combustível). Na ISO 9001:2000, o termo "produto" pode significar também "serviço", onde quer que ele apareça.

Este é um trecho do novo Guia Internacional para a Medição da Satisfação do Cliente, comercializado com exclusividade pelo QSP. Clique aqui para mais informações.

 
Publicado em março de 2003
Normas que dão suporte aos Sistemas de Gestão

Muitas pessoas desconhecem que existem diversas normas brasileiras e internacionais que podem ser utilizadas para facilitar a implementação dos Sistemas de Gestão e incrementar sua eficácia. Na área da Qualidade, por exemplo, destacam-se os seguintes documentos (em português):

- NBR ISO 9004:2000 - Diretrizes para melhorias de desempenho
- NBR ISO 10005:1997 - Diretrizes para planos da qualidade
- NBR ISO 10006:2000 - Diretrizes para a qualidade no gerenciamento de projetos
- NBR ISO 10013:2002 - Diretrizes para o desenvolvimento de manuais da qualidade
- NBR ISO 10015:2001 - Diretrizes para treinamento
- NBR ISO 19011:2002 - Diretrizes para auditorias de SGQ e/ou SGA
- NBR ISO/TR 10013:2002 - Diretrizes para a documentação do SGQ
- NBR ISO/TR 10014:2000 - Diretrizes para a gestão de aspectos econômicos da qualidade.

Essas e outras normas, publicadas pela ABNT e pela ISO, podem ser adquiridas através dos sites: www.abnt.org.br e www.iso.org.

Publicado em abril de 2003
Sistemas Integrados de Gestão
Como iniciar a integração

Muitas organizações podem achar que estão tendo uma atuação eficaz e que, portanto, a integração de seus sistemas de gestão nada mais faria do que criar muita papelada desnecessária. Quando começam a integrar seus sistemas, essas organizações geralmente descobrem que muitos procedimentos exigidos pelo Sistema de Gestão Ambiental (SGA) já existem como parte do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ). A capacidade de usar procedimentos do SGQ como suporte aos requisitos do SGA, na verdade, reduz essa papelada.

Entretanto, algumas organizações interpretam os requisitos de maneira exagerada, desenvolvendo um sistema integrado mais exigente e complicado do que o necessário para se atender aos requisitos. Isso resulta na equivocada impressão de que o SIG - Sistema Integrado de Gestão - é um sistema "criador de papelada". O sistema que funciona melhor é aquele mais simples, que atende a todos os elementos das normas adotadas.

Apesar de se dizer repetidamente que o tamanho da empresa afeta a maneira de integrar a ISO 9001:2000 e a ISO 14001, nossa experiência sugere que a estrutura organizacional é o principal diferencial. Empresas onde há grupos totalmente separados para lidar com as questões da qualidade e as questões ambientais têm mais probabilidade de passar por dificuldades para conseguir uma integração homogênea do que aquelas onde há uma equipe interfuncional responsável.

Para garantir a eficácia das atividades de planejamento, implementação e avaliação do sistema integrado, deve haver um grupo claramente identificado na organização com responsabilidade e autoridade em relação ao sistema. Embora a realização de muitas dessas tarefas possa não ser responsabilidade direta desse grupo (certas tarefas podem ser delegadas para outros indivíduos internos ou funções da organização), um único grupo deve se responsabilizar por monitorar essas tarefas e garantir que todas sejam realizadas com eficácia.

Este é um trecho do manual "SIGs - Sistemas Integrados de Gestão - Da teoria à prática", comercializado com exclusividade pelo QSP. Clique aqui para mais informações.

 

 

2ª PARTE

Publicado em maio de 2003
Pesquisa sobre Sistemas Integrados de Gestão

Mais uma vez, nesta segunda edição da pesquisa sobre os SIGs, o QSP contou com o apoio de mais de 130 empresas certificadas no Brasil que responderam ao questionário. Os resultados do levantamento permitem conhecer diversos aspectos relacionados à implantação, certificação e manutenção dos Sistemas Integrados de Gestão.

Acreditamos que as informações aqui apresentadas serão úteis para empresas e profissionais, pois fornecem uma análise abrangente do desenvolvimento desse tema no mercado brasileiro, bem como podem servir de balizadores para as organizações que se preparam para efetuar ou incrementar a integração de seus Sistemas de Gestão.

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Publicado em maio de 2003
Gestão Ambiental
As aplicações das mais de 20 normas que compõem a série ISO 14000

Preparamos especialmente para os leitores do "Últimas Notícias" a tradução da tabela-resumo elaborada pela ISO sobre as várias aplicações das normas da série ISO 14000, as quais foram agrupadas nos seguintes níveis:

Nível operacional:

  • Implementação de Sistemas de Gestão Ambiental

  • Realização de auditorias ambientais e outras investigações relacionadas

  • Avaliação do desempenho ambiental.

Em produtos e serviços:

  • Uso de rótulos e declarações ambientais

  • Realização de Avaliações do Ciclo de Vida (ACV)

  • Inclusão de aspectos ambientais em produtos e em normas de produtos.

Para acessar a tabela, clique aqui.

Publicado em junho de 2003
A decisão de integrar os Sistemas de Gestão

A maioria das organizações interessadas em implementar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) em conformidade com a ISO 14001 são certificadas pela ISO 9001 ou pela QS-9000. Isso pode refletir uma maior preocupação com a qualidade em todas as facetas da gestão interna ou uma maior familiaridade com as normas ISO e aceitação das mesmas como uma estrutura de gestão. Seja como for, essas empresas desejam implementar um SGA que utilize a mesma base do seu sistema de gestão da qualidade.

Nossa experiência com a implementação da ISO 14001, desde sua publicação em setembro de 1996, tem demonstrado que integrar um SGA a um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) existente é muito menos custoso, demorado e difícil do que criar sistemas separados. Com a publicação da versão 2000 da ISO 9001, ficou ainda mais fácil integrar esses sistemas.

A integração pode ser conseguida de duas formas - integração parcial ou integração total. Um sistema parcialmente integrado mantém o manual da qualidade e o manual ambiental separados. Em vez de se criar, porém, um conjunto de procedimentos completamente independente para cada sistema, o SGA utiliza os procedimentos da qualidade (como, por exemplo, controle de documentos) que podem ser mais facilmente aplicados às questões ambientais. Um bom procedimento para controle de documentos pode ser aplicado tanto aos documentos exigidos pelo SGA como àqueles exigidos pelo Sistema de Gestão da Qualidade, para o qual foi desenvolvido.

Num sistema parcialmente integrado, os procedimentos do SGQ que possuem uma certa semelhança podem ser modificados e aperfeiçoados para o SGA. A designação de uma quantidade de documentos exclusiva para o SGA garante que as modificações sejam aplicadas apenas ao SGA, não se fazendo, portanto, alterações no procedimento da qualidade para fins relacionados com a gestão da qualidade e evitando-se problemas em futuras auditorias de acompanhamento ou recertificação.

Um sistema completamente integrado contém um manual que aborda os requisitos unificados do SGQ e do SGA. Os procedimentos existentes do SGQ são modificados a fim de captar os elementos específicos e obrigatórios de cada norma.

Uma das perguntas mais importantes feita por organizações que possuem um SGQ certificado e desejam implementar um SGA é se ela deve fazer uma integração parcial ou total. Nenhuma alternativa é inerentemente melhor do que a outra. A estrutura organizacional, o estilo de gestão e o escopo do sistema irão influenciar na escolha da abordagem preferida.

(*) Trecho do manual SIGs - Sistemas Integrados de Gestão - Da teoria à prática, comercializado com exclusividade pelo QSP. Conheça aqui as publicações que lançamos.

Publicado em julho de 2003
Certificação de Sistemas de Gestão 
Nos Estados Unidos, aumenta o rigor em relação a "conflitos de interesses"

Organismos certificadores suspensos ou perdendo seus credenciamentos oficiais. Certificados ISO 9001, ISO 14001 e outros sendo retirados de empresas. Nova resolução prevenindo conflitos de interesses entre certificadores e empresas a eles coligadas que fornecem consultoria em Sistemas de Gestão.

Tudo isso, juntamente com campanhas de esclarecimento para que as empresas tomem os devidos cuidados para não perderem suas certificações, está ocorrendo nos Estados Unidos com uma intensidade cada vez maior, e que, provavelmente, irá se espalhar por todo o mundo.

O Programa Nacional de Credenciamento (NAP) norte-americano, por exemplo, publicou uma nova resolução (Advisory 31) que, taxativamente, estabelece que, a partir de maio de 2004, os organismos certificadores não poderão emitir certificados ISO 9001 e ISO 14001 para organizações que tenham sido auxiliadas por empresas a eles coligadas, de consultoria em Sistemas de Gestão, durante 2 anos após o término da relação comercial entre a organização e a firma de consultoria coligada. (Clique aqui para ler a Advisory 31, em inglês). Deve-se notar que tal resolução, agora mais abrangente, já existe há anos para certificações  específicas, como as do setor automotivo e aeroespacial.

O que se recomenda com grande ênfase é que as empresas em geral fiquem alertas. Se sua organização planeja utilizar (ou se já está utilizando) um organismo certificador para obter o certificado ISO 9001 ou outro, é importante que ela pergunte à consultoria e à certificadora se uma é coligada à outra ou se pertence ao mesmo grupo societário da outra, a fim de evitar problemas futuros e riscos de perda do(s) certificado(s) que vier a conquistar.

Publicado em julho de 2003
Dicas sobre Medição da Satisfação de Clientes

O monitoramento e a medição da satisfação de clientes é agora um requisito da ISO 9001:2000. Recomenda-se que a satisfação dos clientes seja medida continuamente ou, pelo menos, a intervalos próximos e regulares. Além disso, vale lembrar que:

1) O monitoramento da satisfação dos clientes pode e deve ser usado como uma ferramenta estratégica de gestão, que forneça dados para melhorias do projeto de produtos e para o desenvolvimento de novos produtos/serviços.

2) A pesquisa qualitativa é um importante passo inicial para se conduzir uma medição de satisfação significativa e eficaz.

A ISO 9001:2000 não faz recomendações definitivas sobre como conduzir a medição da satisfação. A escolha da metodologia mais apropriada dependerá do:

  • Tipo de organização;
  • Tipo de produto; e
  • Tipo de cliente.

A organização também deve planejar métodos de coleta de dados de acordo com:

  • Tipo de cliente e sua acessibilidade.
  • Prazos para a coleta de dados sobre a satisfação dos clientes.
  • Disponibilidade de recursos financeiros e tecnologia.
  • Tempo e freqüência dos relatórios necessários.

O Monitor da Satisfação dos Clientes (MSC) deve abranger os seguintes passos:

1) Definir os clientes.
2) Priorizar grupos de clientes vis a vis seu impacto no resultado financeiro da empresa.
3) Decidir quem irá administrar o processo de monitoramento da satisfação do cliente - se o pessoal interno ou o externo - e considerar o custo real de cada opção de medição.
4) Definir as necessidades do cliente - usando uma pesquisa qualitativa, avaliar o que os clientes consideram como características importantes do produto.
5) Definir a satisfação do cliente - também usando uma pesquisa qualitativa, determinar o que satisfaz e o que não satisfaz os clientes.
6) Decidir sobre o(s) método(s) apropriado(s) de pesquisa quantitativa (por telefone, face a face, em área centralizada ou por correio), para entrar em contato com os clientes e medir seus níveis de satisfação.
7) Medir os níveis iniciais de satisfação dos clientes usando uma pesquisa quantitativa (isto é, comparar - benchmark - a organização interna e externamente).
8) Relatar as constatações à direção.
9) Refazer o produto e agir conforme requerido.
10) Medir as alterações na satisfação dos clientes com o passar do tempo usando uma pesquisa quantitativa.
11) Testar se o produto refeito atende às necessidades dos clientes (isto é, engajar-se na melhoria contínua).

Ao realizar a medição da satisfação dos clientes, assegure-se de que a pesquisa quantitativa mede todos os itens a seguir:

  • Satisfação geral.
  • Expectativas - quais são elas? elas foram atendidas?
  • Satisfação quanto à qualidade.
  • Satisfação quanto ao preço.
  • Satisfação quanto à entrega.
  • Importância relativa de todos os fatores que satisfazem ou não satisfazem os que compram/consomem o produto ou serviço da organização.

Trecho extraído do Guia Internacional para a Medição da Satisfação do Cliente, comercializado com exclusividade pelo QSP. Clique aqui para mais informações.

Publicado em agosto de 2003
Oito em cada 10 carros "rodarão"com ISO 9001:2000

Até o final de 2006, de cada 10 carros e caminhões produzidos em todo o mundo, oito terão partes ou componentes que foram projetados, manufaturados e vendidos sob um Sistema de Gestão da Qualidade baseado na norma ISO 9001:2000.

Isso começou a ser possível graças ao consenso alcançado pela competitiva indústria automotiva, pela primeira vez em sua história, em relação a um conjunto comum de requisitos da qualidade para seus fornecedores, desenvolvido e publicado pela ISO - International Organization for Standardization - e atualmente sendo adotado por milhares de empresas ao redor do planeta.

Esse conjunto de requisitos da qualidade é a "especificação técnica" ISO/TS 16949:2002, que harmoniza tais requisitos para toda a indústria automotiva mundial e incorpora o texto da ISO 9001:2000 e mais outras exigências específicas do setor.

As montadoras que planejam fazer com que seus fornecedores migrem para a TS até dezembro de 2006 representam 80% do mercado, o que afetará mais de 30.000 organizações de países como Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Brasil, China, Coréia, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Índia, Itália, Japão e México.

Até o momento, as companhias que serão atingidas pela ISO/TS 16949:2002 são, principalmente, os fornecedores diretos de manufatura da BMW, DaimlerChrysler, Fiat, Ford, General Motors, PSA Peugeot Citroën, Renault e Volkswagen.

Para solicitar o apoio do QSP para sua empresa se adequar à ISO/TS 16949:2002, contatar: cursos@qsp.org.br (para treinamentos) e consultoria@qsp.org.br (para serviços de consultoria e auditoria).

 

 

3ª PARTE

Publicado em agosto de 2003
Sistemas Integrados de Gestão
Benefícios com a integração

Integrar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) a um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) existente tem vantagens significativas.

As normas ISO 14001 e ISO 9001:2000 exigem uma quantidade de procedimentos praticamente idêntica. O uso de procedimentos da qualidade existentes para cumprir os requisitos da ISO 14001 elimina a redundância e garante a coerência. Sistemas paralelos, onde são desenvolvidos procedimentos separados, geralmente criam confusão, pois, dependendo da função (como, por exemplo, manutenção de registros) desempenhada no Sistema de Gestão da Qualidade ou no Sistema de Gestão Ambiental, é preciso abordar requisitos quase idênticos de forma diferente.

O uso de procedimentos da qualidade já existentes também produz economias significativas no custo de desenvolvimento e implementação do SGA. Uma outra vantagem, ainda, é a introdução da gestão ambiental como uma forma de se fazer negócio. Quando os sistemas são integrados, o SGA tem menos probabilidade de ser visto como um "programa" que é, principalmente, de responsabilidade do departamento ambiental. Do ponto de vista operacional, um sistema completamente integrado funciona como um guarda-chuva que cobre todos os aspectos da empresa, desde a qualidade do produto e o atendimento ao cliente até a manutenção de operações de forma segura e ambientalmente aceitável.

Algumas empresas acham que o lado negativo da integração completa seria a possibilidade de se comprometer a certificação ISO 9001 durante uma auditoria, devido a um desempenho inadequado na parte ambiental, ou vice-versa. Uma outra preocupação quanto à integração completa diz respeito à diferença entre os clientes principais dos dois sistemas de gestão. Os clientes principais de um SGQ são os compradores dos produtos e serviços oferecidos pela empresa que está implementando o sistema. Os clientes principais de um SGA são aqueles afetados pelos impactos ambientais produzidos pelas operações e atividades da empresa que está implementando o sistema. Um sistema completamente integrado abordará os interesses de ambos os grupos de partes interessadas.

Trecho do manual "SIGs - Sistemas Integrados de Gestão - Da teoria à prática", comercializado com exclusividade pelo QSP. Veja aqui como adquiri-lo.

 
Publicado em setembro de 2003
Qualidade de Serviços
Como iniciar o desenvolvimento de um Sistema de Gestão baseado na ISO 9001:2000?

Talvez o melhor começo seja tentar resumir o negócio de sua empresa em uma única página, o que pode ser feito através de um diagrama com retângulos interconectados ou em forma de texto. 

Mesmo que você seja 'uma banda solo', é válido identificar o que constitui sua organização. Você deve identificar os instrumentos que utiliza e determinar os recursos necessários. Ainda na metáfora musical, a mesma abordagem é válida para um quarteto ou para uma orquestra.

É preciso identificar os grupos de pessoas envolvidos e os recursos que necessitam. Isso inclui a identificação dos clientes, fornecedores e principais funções de sua empresa. Haverá uma função de vendas e alguns provedores de serviços. Essas pessoas 'da frente da casa' representam a 'cara' da sua empresa, aquela que os clientes vêem e com a qual interagem durante o fornecimento do serviço.

Temos também as pessoas 'dos fundos da casa', onde provavelmente teremos diversas funções. Suas atividades dão apoio direto às pessoas 'da frente da casa'. Essas atividades são necessárias para a preparação do serviço, incluindo possivelmente alguma produção e certamente atividades como contabilidade, administração, recepção etc.

Deve-se então considerar como cada grupo interage com os demais. Quais informações são necessárias para que cada grupo atinja seus objetivos? O pessoal de vendas precisa informar aos provedores de serviços (caso não sejam as mesmas pessoas) as necessidades do cliente. Como se enquadram as pessoas 'dos fundos da casa'? É preciso decidir que atividades 'dos fundos da casa' devem fazer parte de seu sistema da qualidade e quais não (a ISO 9001 não requer que a contabilidade ou algumas funções administrativas façam parte do sistema de gestão da qualidade).

Por fim, é necessário considerar como coordenar essas atividades. Se você puder visualizar isso, o que seria ainda melhor se colocado no papel, você terá a base para um bom sistema de gestão da qualidade.

Por exemplo, um restaurante possui a maioria dessas características. Os garçons e garçonetes atuam como vendedores e recebem o pedido. Este é então passado aos 'fundos da casa', onde os funcionários da cozinha preparam a comida. Grande parte dela já terá sido feita previamente, para reduzir a quantidade de trabalho necessária para preparar o prato. Depois, os garçons e garçonetes servem a refeição e atendem aos clientes. Serviços auxiliares incluem a reserva de mesas - mesmo quando o restaurante não está aberto. Há também os funcionários que fazem a faxina e lavam a louça, que têm um papel vital na limpeza e na definição de padrões de limpeza.

Este é um trecho do novo manual lançado com exclusividade pelo QSP, intitulado: Guia para a implantação da ISO 9001 em empresas de serviços. Veja aqui como adquiri-lo.

Publicado em outubro de 2003
Segurança e Saúde no Trabalho
Redução de acidentes terá incentivo

As empresas que reduzirem os acidentes de trabalho vão ser recompensadas pelo governo. Para incentivar a redução, o Ministério da Previdência Social vai estabelecer regras para a aplicação da Lei 10.666, que vigora desde maio e prevê queda de até 50% nas alíquotas de contribuição pagas para o financiamento do Seguro de Acidentes do Trabalho. A lei prevê, por outro lado, que as alíquotas podem dobrar de acordo com a freqüência, gravidade e custo dos acidentes.

A contribuição paga pelas empresas para o custeio do acidente de trabalho varia de 1% a 3% sobre a folha de salários, dependendo da atividade econômica a que pertencem. A alíquota é de 1% onde o risco de acidente é menor e de 3% nas de alto risco. O Secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, disse que a regulamentação está a cargo do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) e deverá estar concluída até o início de 2004. "Queremos premiar as empresas que estimularem programas de prevenção de acidentes." Segundo ele, o seguro sempre teve um caráter de indenização. A Previdência quer mudar isso, proporcionando um estímulo à prevenção dos acidentes.

NR: Antes tarde (e ponham tarde nisso!) do que nunca. Aguardávamos há anos essa medida. Aliás, qualquer medida (privatização do Seguro de Acidentes do Trabalho, estatização "inteligente"...) que,  de alguma forma, estimulasse - e reconhecesse - os esforços verdadeiros das empresas para a redução de acidentes e doenças ocupacionais.

Torcemos para que essa regulamentação que está a cargo do CNPS se apóie em métodos e tecnologias atuais, e não se baseie somente (como, aliás, a notícia sugere) nas ultrapassadas taxas de freqüência e gravidade de acidentes com lesão, como  indicadores do desempenho da SST das empresas!

Publicado em outubro de 2003
Gestão da Qualidade
DaimlerChrysler revisa requisitos para fornecedores

A cerca de 9 meses do prazo final para a transição para a ISO/TS 16949:2002, a DaimlerChrysler acaba de publicar novos requisitos específicos para os seus fornecedores. O documento, que o QSP coloca aqui em primeira mão à disposição de seus leitores interessados, possui 7 páginas (em inglês) e estabelece os requisitos que os referidos fornecedores devem atender, para a obtenção e manutenção da certificação de seus Sistemas de Gestão da Qualidade em conformidade com a norma ISO/TS 16949:2002. O prazo para a obtenção da certificação segundo essa norma vai até 01 de julho de 2004.

Por outro lado, os fornecedores da DaimlerChrysler que já são certificados pela edição de 1999 da TS terão até 15 de dezembro de 2004 para fazer a transição para a edição 2002, mas eles estão sendo alertados para examinar esses novos requisitos revisados, a fim de conhecer as mudanças que foram feitas. 

É importante destacar que os fornecedores dessa montadora que precisam se certificar pela ISO/TS 16949:2002 deverão também ter os seus fornecedores (que manufaturam partes de produção e/ou serviço) certificados conforme a ISO 9001:2000, até julho de 2004 (ou deverão verificar se os seus fornecedores estão em conformidade com a ISO 9001 através de um programa aprovado de auditoria de segunda parte).

O QSP está à disposição para auxiliar as empresas no desenvolvimento dessas atividades, bem como para orientá-las sobre os requisitos específicos das outras montadoras.

Publicado em novembro de 2003
Responsabilidade Social
Ética empresarial movimenta R$ 5 bi por ano
por Mariana Barbosa e Priscila Anéri (jornal O Estado de São Paulo)

Movida por razões humanitárias ou mercadológicas, a responsabilidade social corporativa cresce no Brasil e já movimenta cerca de R$ 5 bilhões por ano.

Um dos indicadores dessa tendência é o aumento do número de empresas que publicam balanços sociais, os relatórios que explicam os investimentos sociais a exemplo das demonstrações financeiras das companhias abertas. Em 1977, apenas 14 empresas publicaram balanços sociais - este ano, o número já passa de 300.

Em alguns casos, as publicações são produzidas com uma tal qualidade gráfica que é de se questionar a intenção das ações. "Há empresas que gastam mais para divulgar suas ações do que com as próprias ações", avalia Roberto Gonzales, diretor de Estratégia Social da Corp Brasil. "Muitas empresas enxergam a responsabilidade social como um belo nicho de mercado", acrescenta Paulo Nassar, presidente-executivo da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). Mas Gonzalez diz que, em geral, tem havido uma evolução grande da qualidade dos balanços: "No início, havia muita foto e pouco conteúdo. Agora, é cada vez maior o número de empresas que adotam modelos padronizados como o do Ibase (Instituto Brasileiro de Análise Sociais e Econômicas)."

Especialistas alertam para a importância da transparência na hora das empresas comunicarem suas ações. Segundo Nassar, dependendo de como for implementada, a  responsabilidade social pode produzir graves distorções, como nos casos em que as empresas dão mais enfoque ao marketing das suas ações sociais do que às ações em si. Outra distorção é quando elas embutem nos preços dos produtos os investimentos em responsabilidade. "Isso contraria os princípios da ética corporativa. O consumidor compra o produto pensando que está  patrocinando uma empresa responsável, mas, na verdade, ele está pagando as ações da empresa", adverte.

Para Nassar, a responsabilidade social está evoluindo para uma noção mais ampla - a de responsabilidade histórica, que engloba deveres comerciais, ambientais, sociais e econômicos voltados ao desenvolvimento sustentável. "O estímulo não deveria ser o fortalecimento das marcas, mas a garantia de um futuro melhor para os filhos dos nossos filhos", diz. 

Leia também sobre o Sistema Integrado de Responsabilidade Social proposto pelo QSP.

 

 

4ª PARTE

Publicado em outubro de 2003
Qualidade
em Empresas Prestadoras de Serviços
Requisitos gerais de documentação
do Sistema de Gestão da Qualidade 

A ISO 9001:2000 identifica seis requisitos específicos de 'procedimentos documentados' (em oposição aos pelo menos 17 da versão de 1994). Todos eles estão relacionados a itens referentes aos sistemas de apoio à garantia da qualidade e não à realização do produto e/ou serviço. Especificamente, são requeridos procedimentos documentados para:

1. Controle de documentos.
2. Controle de registros.
3. Auditorias internas.
4. Controle de não-conformidade.
5. Ação corretiva.
6. Ação preventiva.

Em um ambiente de serviços, é possível integrar os itens 4, 5 e 6 em um único procedimento documentado. Na verdade, também é possível integrar os itens 1 e 2. Se isso for feito, somente serão necessários três procedimentos documentados.

A ISO 9001:2000 também requer que sejam incluídos no Sistema de Gestão da Qualidade "documentos necessários à organização para assegurar o planejamento, a operação e o controle eficazes de seus processos". O que a norma espera desse segundo tipo de 'documentação' é vago, deliberadamente vago. Você tem uma liberdade considerável para decidir como apresentar essa 'documentação', como denominá-la e qual o nível de detalhamento que ela terá.

Entretanto, os documentos necessários para suas operações são um requisito claro e devem ser adequados à sua empresa. Eles têm a finalidade de descrever seus processos e sua operação e controle eficazes. É possível, por exemplo, colocar a seguinte frase em seu manual da qualidade: "muitos processos são controlados assegurando-se que os funcionários são competentes para operar sem procedimentos detalhados".

Em outras palavras, é preciso descrever os processos que fazem parte de seu SGQ. Também se pode optar por ter procedimentos documentados detalhados para tais processos ou alguma alternativa não especificada. De maneira muito sensata, a norma diz que a abrangência da documentação do sistema de gestão da qualidade varia de empresa para empresa (vide nota 2 da seção 4.2 da ISO 9001).

Alguns dos fatores são o porte da organização, seu tipo, complexidade e interação, bem como a competência de seu pessoal. Como explicado anteriormente, a abordagem de competências é uma maneira de minimizar a quantidade de procedimentos.

Os itens da ISO 9001 que sugerem ou requerem esse segundo tipo de documentação (e os números das seções) são:

  • Comprometimento da direção (5.1 - utilizando a política da qualidade (5.3), os objetivos da qualidade (5.4.1) e através de ações).
  • Responsabilidade e autoridade (5.5.1, precisam ser definidas e comunicadas e as responsabilidades designadas - somente implicitamente).
  • Planejamento dos processos de realização (7.1 b), a necessidade de estabelecer os processos, documentos e fornecer recursos).
  • Análise crítica dos requisitos relacionados ao produto (7.2.2) (Nota: esse tipo de documento era conhecido como 'análise crítica de contrato' na ISO 9001:1994).
  • Disponibilidade de instruções de trabalho, quando necessário (7.5.1b).

Em suma, o segundo tipo de documentos é muito mais flexível. Será possível utilizar a grande variedade de opções desse segundo tipo de documentos adequando-os à abordagem de competências. Mas ainda teremos que documentar os procedimentos especificamente requeridos pela norma.

Instruções de trabalho

A utilização de instruções de trabalho é um requisito em situações para as quais elas forem consideradas necessárias (7.5.1 b), tais como para realizar uma função no computador, para contingências ou para ações que não são realizadas freqüentemente. Mas sua quantidade será muito menor do que normalmente requer a abordagem baseada em procedimentos.

O que pode ficar de fora / O que fazer se um requisito não for aplicável

A seção 1.2 da ISO 9001:2000 possibilita que alguns requisitos sejam omitidos, mas você perceberá que tais reduções são muito limitadas. A intenção é que a norma inteira seja aplicada à sua empresa. As exclusões aceitáveis limitam-se à seção 7 da norma, Realização do produto. Exclusões em outras áreas significam não-conformidade com a ISO 9001.

Assim, se por exemplo você não projeta seu serviço, os requisitos de projeto e desenvolvimento podem deixar de ser incluídos. Se não faz nenhuma aquisição que esteja associada a seu serviço, não é preciso ter um documento descrevendo como os fornecedores são selecionados e como as compras são realizadas (mas se você contrata pessoal, você está adquirindo seus serviços).

Outras possibilidades são:

  • talvez seu serviço não precise ser identificado e rastreado (improvável, pois para fazer a cobrança de seu cliente você geralmente utiliza um protocolo de entrega que contém um número de identificação, horário ou data).
  • talvez não haja requisitos para manuseio e armazenamento de produtos.
  • talvez não haja propriedades do cliente para serem cuidadas.
  • talvez não haja instrumentos de medição que requerem calibração.

Quaisquer exclusões devem ser explicadas no manual da qualidade. Observe que, se você estiver buscando a certificação ISO 9001, não é permitido omitir um requisito somente porque você não deseja fazê-lo. A única razão aceitável é que sua empresa não possui determinado processo. Por isso, se você projeta e desenvolve seus produtos e/ou serviços, e está acostumado com a ISO 9002:1994, agora é preciso cobrir o processo de projetos. Leia a ISO 9001 atentamente, especialmente as seções 1.2 (Aplicação), 4.1 (adquirir externamente), 4.2.2 (detalhes e justificativas para quaisquer exclusões) e 7 (Realização do produto).

Trecho extraído do "Guia para a Implantação da ISO 9001 em Empresas de Serviços", comercializado com exclusividade pelo QSP. Para adquiri-lo, clique aqui.

Publicado em novembro de 2003
Sistemas Integrados de Gestão
Comparações
entre as normas ISO 9001:2000 e ISO 14001
Trecho resumido do Manual "SIGs - Sistemas Integrados de Gestão - Da teoria à prática", comercializado com exclusividade pelo QSP.

Tema desta edição: REQUISITOS DE DOCUMENTAÇÃO.

A ISO 9001 exige um manual da qualidade que descreva o escopo do sistema. A ISO 14001 é menos prescritiva. A descrição dos principais elementos da ISO 14001 (ou seja, todas as subseções numeradas da seção 4 da norma) não precisa estar sob a forma de um manual. Num sistema completamente integrado, porém, é necessário um manual para garantir conformidade com os requisitos da qualidade. O método mais fácil seria modificar o manual da qualidade existente de forma que ele descrevesse os requisitos contidos em ambas as normas.

Num sistema parcialmente integrado, a documentação do SGA é, normalmente, uma compilação independente que empresta alguns elementos da ISO 9001 ou faz referência a ela. Assim, convém que a documentação do sistema seja desenvolvida de forma que seja a mais conveniente para a empresa.

Uma das diferenças entre as duas normas é a exigência da ISO 9001 quanto à documentação de todos os procedimentos e a falta de exigência da ISO 14001 quanto à documentação. A norma para Sistemas de Gestão Ambiental especifica apenas três procedimentos que precisam ser documentados: procedimentos de controle operacional, o procedimento para medir e monitorar as principais características das operações e as atividades que possam causar um impacto ambiental significativo, e o procedimento para avaliar periodicamente a conformidade com a legislação e os regulamentos ambientais pertinentes.

Embora a ISO 14001 exija que se estabeleçam 10 procedimentos adicionais, a norma não exige que esses procedimentos sejam documentados. Nós defendemos a documentação de todos os procedimentos para garantir que eles sejam entendidos e devidamente seguidos. Em outro tópico em futura edição do UN, discutiremos os procedimentos que precisam ser documentados num sistema completamente integrado.

Os requisitos referentes ao controle de documentos são praticamente idênticos em ambas as normas. Assim, o procedimento da qualidade existente pode ser usado para se controlar todos os documentos gerados internamente e impostos externamente que sejam necessários para o sistema integrado. Os documentos internos poderiam incluir: procedimentos, instruções, formulários e desenhos. E os documentos externos poderiam incluir: especificações fornecidas pelo cliente, normas voluntárias, regulamentos e planilhas de dados sobre segurança de materiais.

Na ISO 14001, o objetivo desse elemento é garantir que as empresas criem e mantenham documentos de forma que sirvam de suporte para a implementação eficaz do SGA e, conseqüentemente, para a melhoria do desempenho ambiental. A ênfase, portanto, deveria ser no suporte dado ao SGA, e não no desenvolvimento de um sistema complexo de gestão de documentos.

Ambas as normas abordam os registros separadamente de todos os outros documentos. Convém que o procedimento de registros da ISO 9001 seja aplicado aos registros do SGA com modificações mínimas apenas. Os registros abrangidos pelo procedimento devem ser ampliados a fim de incluir todos os registros exigidos pela ISO 14001.

Clique aqui para conhecer o índice completo do manual sobre os SIGs...

Para solicitar o apoio do QSP para a implantação em sua empresa de Sistemas Integrados de Gestão, contatar: consultoria@qsp.org.br.

Publicado em novembro de 2003
Responsabilidade Social
ISO definirá em 2004 se cria normas internacionais de RSO
por Francesco De Cicco (QSP)

O grupo consultivo que recomendou à ISO - International Organization for Standardization - a realização de estudos preliminares sobre a responsabilidade social das organizações avançou seu trabalho desde que demos essa informação aqui no "Últimas Notícias", embora não na velocidade esperada.

Apesar disso, os resultados desses estudos deverão ser apresentados em uma conferência internacional a ser realizada em maio ou junho de 2004, ocasião em que será finalmente definido se serão produzidas normas ISO sobre Responsabilidade Social Organizacional (RSO), anteriormente denominada por essa entidade Responsabilidade Social Corporativa (RSC).

O grupo consultivo está se reunindo no Brasil e é presidido por Daniel Gagnier, vice-presidente corporativo da Alcan Inc. e international chair do ISO/TC 207 (Gestão Ambiental). Espera-se que, até março de 2004, o grupo produza:

  • Um Relatório Técnico (TR), para posterior votação pelos membros da ISO, englobando o "estado-da-arte", em termos mundiais, de códigos, diretrizes e especificações sobre Responsabilidade Social Organizacional;
  • Um primeiro draft do estudo, com as justificativas para a criação de normas ISO, o qual deverá circular em seguida para análise crítica pelos organismos-membros da entidade;
  • Um segundo draft desse estudo, incluindo os comentários que vierem a ser feitos pelos organismos da ISO.

O "Últimas Notícias" fornecerá informações adicionais sobre o desdobramento dessas atividades, assim que for publicado o primeiro draft do referido estudo.

Enquanto isso não ocorre, diversas empresas brasileiras estão adotando a norma de responsabilidade social SA 8000, como é o caso da PETROBRAS - Unidade de Negócios Bacia de Campos, que está enviando para os seus fornecedores uma circular solicitando que os mesmos se comprometam, por escrito, a cumprir os requisitos da SA 8000, especialmente os seguintes aspectos:

  • avaliar e selecionar seus fornecedores com base na capacidade dos mesmos de atenderem aos requisitos da referida norma;
  • participar das atividades de monitoramento dessa unidade da PETROBRAS, sempre que solicitado;
  • solucionar prontamente qualquer item não-conforme identificado no atendimento da SA 8000;
  • informar pronta e integralmente a PETROBRAS/UNBC sobre toda e qualquer relação comercial relevante com outros fornecedores e subfornecedores.

Esse é, prezado leitor, um bom exemplo do "efeito bola-de-neve" que, inexoravelmente, levará as organizações no Brasil e no mundo a se envolverem, para valer e cada vez mais, com as questões relacionadas à Responsabilidade Social Organizacional.

Para obter uma cópia gratuita, em português, da norma SA 8000:2001, clique aqui. E, para conhecer o Sistema Integrado QSP de Responsabilidade Social, clique aqui.

 

5ª PARTE

Publicado em dezembro de 2003
O Seis Sigma segundo Jack Welch
Trecho da entrevista concedida pelo ex-executivo da General Eletric à revista HSM Management, edição de nov/dez 2003.

"Acho que o grande problema do Seis Sigma é que muitas empresas ainda não o compreenderam bem e ainda não sabem com transmiti-lo a todo seu pessoal.

Se examinarmos esse conceito, veremos que há dois tipos de Seis Sigma. Um é para os tecnólogos, ideal para projetar novos e sofisticados produtos. Trata-se do tipo estatístico, importantíssimo para promover inovações que dão certo já da primeira vez, sem erros. Mas em geral as pessoas ficam pasmas, com sono e mortalmente entediadas com as estatísticas desse Seis Sigma. É insuportável; é quase como ir ao dentista.

Por outro lado, você pode explicar o Seis Sigma para 350 mil funcionários apenas como variação, pois, em sua forma mais simples, Seis Sigma significa: "Quero que tudo saia sempre do mesmo modo, sem variação; quero que o cliente receba o que desejar, como desejar e quando desejar". Esse é o segundo tipo que interessa às empresas.

Vou dar um exemplo. Suponha que você tenha um cliente e que vá lhe entregar um produto. Você costuma enviar o produto em dez, 20 ou 30 dias. Tirando a média, você diz: "Meu prazo de entrega é 20 dias". Então você se esforça e faz várias coisas para reduzir o prazo de entrega. Então, passa a enviar o produto em cinco, dez ou 15. A média agora é de dez dias. Ou seja, você passou de 20 para dez dias. A organização inteira comemora. Realizam-se festas, entregam-se bonificações, e as comemorações prosseguem, porque a empresa passou de 20 para dez dias.

Mas o que o cliente tem a dizer? Um deles recebeu o produto em cinco dias; outro, em 15. Os dois tiveram a mesma variação. Nenhum deles recebeu o produto quando queria e quando você disse que entregaria. Essa é uma história de Seis Sigma que pode ser explicada para os operários e para os vendedores: nada de variação. A variação é veneno, é má, tem de ser eliminada da organização. Se explicar o Seis Sigma assim, 350 mil pessoas o entenderão e você poderá jogar fora todos esses livros infernais com suas estatísticas malucas.

Esses livros são valiosos para os cientistas do departamento de engenharia que projetarão novos produtos, mas só para eles. Você não deve incutir na organização outra coisa que não seja variação. Todos poderão enxergar a variação: variação na produção, variação na entrega, variação na reação dos clientes, variação na central de atendimento.

Portanto, entenda o que é variação e elimine-a de sua empresa. Esse é o meu Seis Sigma."

Publicado em dezembro de 2003
Sistemas Integrados de Gestão
Comparação entre as normas ISO 9001:2000 e ISO 14001
Trecho resumido do Manual "SIGs - Sistemas Integrados de Gestão - Da teoria à prática", comercializado com exclusividade pelo QSP.

Tema desta edição: POLÍTICA DA QUALIDADE E POLÍTICA AMBIENTAL.

A seção 5 da ISO 9001, Responsabilidade da Direção, focaliza o comprometimento da direção e o estabelecimento da política da qualidade. A ISO 14001 não faz qualquer referência ao comprometimento da direção, mas exige uma política ambiental.

A política da qualidade e a política ambiental são de responsabilidade da "alta" direção, definida na ISO 9000:2000, seção 3.2.7, como "pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla uma organização no mais alto nível". Essa definição se refere à direção sênior que tem responsabilidade pela tomada de decisões da organização (ou seja, empresa, divisão, unidade da empresa ou outra unidade funcional) na qual o Sistema de Gestão da Qualidade e/ou o Sistema de Gestão Ambiental foi implementado. Embora as políticas possam ser escritas por um comitê, elas devem ser aprovadas e emitidas pela direção sênior.

A ISO 14001 é mais prescritiva do que a ISO 9001 no que se refere ao conteúdo da política. Ambas as normas exigem que a política seja apropriada para as atividades da empresa. A ISO 9001 diz que a política da qualidade deve refletir um comprometimento com a melhoria contínua, ao passo que a ISO 14001 obriga a inclusão de quatro tipos específicos de comprometimento na política ambiental:

  • Comprometimento com a melhoria contínua.
  • Comprometimento com a prevenção de poluição.
  • Comprometimento com relação à conformidade com a legislação e com os regulamentos ambientais pertinentes.
  • Comprometimento com relação à conformidade com outros requisitos.

Ambas as políticas devem ser transmitidas a todos os funcionários da organização. A ISO 9001 exige que a política seja "entendida", ao passo que a ISO 14001 diz que a política deve ser "comunicada". Isso pode ser conseguido de várias formas, incluindo:

  • Apresentação em reuniões
  • Distribuição de pequenos cartões contendo a política
  • Inclusão em programas de treinamento
  • Exposição de pôsteres ou faixas
  • Publicação em boletins informativos para funcionários.

O requisito que exige a conscientização de todos os funcionários com relação à política ambiental é praticamente idêntico ao da ISO 9001, pois comunicação implica entendimento. Assim, a prática comum de exibir a política em áreas públicas da empresa é, provavelmente, inadequada para transmitir seu objetivo e importância. Uma pergunta típica de auditoria pede que os funcionários expliquem o significado da política ambiental. Se o único método usado para comunicar a política for afixá-la na parede, os funcionários não saberão explicar seu significado.

Um outro requisito imposto pela ISO 14001 abrange indivíduos de fora da organização. A política ambiental deve ser "disponibilizada" ao público. Embora a ISO 14001 não defina "público", ela define "parte interessada" como qualquer indivíduo ou grupo interessado ou afetado pelo desempenho ambiental de uma organização. Isso sugere que a política deve ser revelada para qualquer indivíduo ou grupo que expresse algum interesse por ela.

Não há nada que impeça uma empresa de criar uma "política de gestão", revisando a política da qualidade e incorporando nela valores ambientais. No entanto, uma política integrada geralmente se mostra complicada de escrever e difícil de comunicar. Se os funcionários estiverem familiarizados com uma política da qualidade existente, poderão ser necessárias revisões significativas para demonstrar o comprometimento da direção com a nova política.

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Publicado em dezembro de 2003
Dicas de Auditoria 
Como administrar situações difíceis

Apesar de toda a preparação, planejamento e boa-vontade de sua parte como líder da equipe de auditoria, ainda assim é possível que você enfrente situações nas quais a auditoria não transcorra da maneira planejada. Você pode se deparar com atitudes hostis evasivas ou não-cooperativas do auditado. Como lidar com esse tipo de situação e o que fazer?

A primeira coisa que devemos concluir é que todo comportamento tem um motivo. Normalmente, as pessoas reagem com estilos de comunicação passivos ou agressivos, quando se sentem vulneráveis ou ansiosas. O objetivo de ambos os estilos de comunicação é defender e proteger o indivíduo de alguma ameaça que tenha sido identificada. E por que as pessoas se sentem vulneráveis e ansiosas?

  • Por acharem que não possuem o conhecimento ou a competência necessários para passar pela auditoria com sucesso
  • Por estarem preocupados sobre como a "falta de conformidade" é utilizada na organização para puni-los ou culpá-los
  • O auditado pode estar 'escondendo algo' e estar na expectativa de que a equipe de auditoria não fará perguntas sobre áreas cuja documentação não está atualizada
  • O auditado pode ter várias questões urgentes para resolver em seu trabalho e a auditoria está levando muito tempo
  • O auditado pode estar preocupado com algum problema pessoal e não estar disposto a responder perguntas... etc.

Sendo assim, os sentimentos e preocupações do auditado podem ser expressos com um comportamento do tipo 'valentão', na tentativa de fazer com que você se assuste e vá embora, ou com um comportamento do tipo 'coitadinho', tentando fazer com que você fique com pena e 'facilite as coisas' para ele.

Em muitas circunstâncias, a equipe de auditoria não enfrenta reações agressivas, mas sim uma resistência passiva. Se o auditado reagir dando muitas desculpas sobre não ter providenciado a documentação dos processos conforme acordado na auditoria anterior, será necessário analisar a cultura organizacional e como a informação e o conhecimento são utilizados como forma de poder, não sendo divididos. Além disso, a falta de responsabilidade na organização muitas vezes indica que há pouca integração dos outros sistemas, como o sistema de gestão de desempenho, dentro da abordagem global de melhoria. Isso geralmente está fora de sua alçada como auditor, mas talvez você possa identificar essas falhas em seu relatório para o Coordenador de Auditorias. Quando os sistemas, políticas e procedimentos não dão sustentação uns aos outros, fica confuso saber o que é importante para a organização, o que faz com que se perca oportunidades de dar feedback positivo e de melhorias.

Em muitas organizações, os funcionários dizem: "Temos o certificado ISO 9000 pendurado na recepção, mas a teoria e a prática são coisas diferentes. Nossos supervisores sabem que o que importa é a 'quantidade' e, se ocorrerem erros ou falhas, nós teremos de refazê-los, de preferência antes que o cliente os identifique."

Em muitos setores, o ritmo das mudanças é tão acelerado que as organizações têm dificuldades para manter atualizada a documentação em relação às mudanças feitas nos processos. Além disso, o quadro de funcionários é tão enxuto atualmente que não há gente suficiente para fazê-lo. Dá para entender por que a auditoria é vista como um fardo adicional que ninguém quer carregar. Quando os funcionários se sentem ameaçados em relação à estabilidade do emprego, ninguém quer ser responsável por fazer com que a organização perca a 'Certificação'. É importante que a equipe de auditoria interna esteja ciente de seu papel de auxiliar seus colegas acuados a atenderem aos requisitos internos e externos para manter a certificação, e a relatarem quaisquer mudanças implementadas ou necessárias como parte do processo de melhoria contínua. É por isso que um estilo de apoio e empatia durante a realização das auditorias torna as relações construtivas e não destrutivas.

Trecho do novo Manual de Auditoria de Sistemas de Gestão (ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001 etc), lançado com exclusividade pelo QSP. Para conhecer o índice completo do Manual, clique aqui.