Novembro/2001
QUANTO TEMPO DEVEM DURAR AS AUDITORIAS IAF - International Nota: Estas são as Diretrizes do IAF para a seção 3.1.2 do Guia ISO/IEC 62. Este documento fornece diretrizes para você conhecer como os organismos certificadores a desenvolver seus próprios procedimentos, a fim de determinar o tempo necessário para a avaliação de uma extensa gama de atividades de organizações de diferentes tamanhos e complexidade. É necessário que os organismos certificadores identifiquem o tempo que será gasto em avaliação inicial, acompanhamento e reavaliação para cada organização certificada ou candidata à certificação. Tais diretrizes não estipulam tempo mínimo ou máximo, mas fornecem uma estrutura para ser utilizada pelos organismos certificadores, a fim de determinar o tempo de auditoria apropriado, levando em conta as peculiaridades da organização a ser auditada. O uso de procedimentos em conjunto com essa estrutura, na fase de planejamento da auditoria, deverá levar a uma abordagem coerente para a determinação do tempo de auditoria apropriado. O gráfico abaixo apresenta uma média de dias para a auditoria inicial, que a experiência tem demonstrado ser apropriada para organizações com um determinado número de funcionários. Portanto, o número de funcionários serve como um adequado ponto de partida para se estabelecer o tempo de auditoria necessário. A experiência também tem demonstrado que, quanto a organizações de mesmo tamanho, algumas necessitam de mais tempo, outras, de menos. A variação de tempo gasto em cada avaliação depende de uma série de fatores, incluindo tamanho, campo de atuação, logística, complexidade da organização e seu estado de preparação para a auditoria. Esses e outros fatores devem ser examinados durante o processo de análise crítica de contrato do organismo certificador, para avaliar seu possível impacto no tempo de auditoria a ser alocado. Assim sendo, o Gráfico de Tempo de Auditoria não pode ser usado isoladamente. O gráfico abaixo fornece uma estrutura que pode ser usada em um processo de planejamento de auditoria, identificando-se um ponto de partida com base no número de funcionários, ajustando-se os fatores significativos para a organização a ser auditada e atribuindo-se a cada fator um peso aditivo ou subtrativo que modifique o algarismo base.
1. O termo "funcionários", presente na tabela, se refere a todos os indivíduos cujas atividades dão suporte ao campo de atuação da certificação, conforme descrito pelo Sistema de Gestão da Qualidade. 2. O "tempo de auditoria" inclui o tempo gasto pelo auditor e pela equipe de auditoria no planejamento (incluindo, se apropriado, a análise crítica de documentos fora do local); a interface com a organização, o pessoal, os registros, a documentação e os processos; e o relatório. O "tempo de auditoria" envolvido no planejamento e no relatório não deve reduzir o "tempo de auditoria" local total para menos de 90% do tempo apresentado no gráfico. O fato de ser necessário mais tempo para o planejamento e/ou relatório não justifica a redução do tempo da auditoria local. O tempo gasto pelo auditor em viagens não está incluído nesse cálculo, sendo adicional ao tempo referido no gráfico. 3. O "tempo de auditoria" referido no gráfico é considerado em termos de "dias de auditoria" gastos na avaliação. Um típico "dia de auditoria" consiste em um dia normal de trabalho de 8 horas. O número de dias de auditoria não deve ser reduzido nos estágios iniciais de planejamento, programando-se horas mais longas por dia de trabalho. 4. No ciclo inicial de avaliação, convém que o tempo de acompanhamento para uma determinada organização seja proporcional ao tempo gasto na auditoria inicial, sendo que o tempo total gasto anualmente em acompanhamento deverá ser aproximadamente 1/3 do tempo gasto em auditoria inicial. Convém que o tempo de acompanhamento planejado seja analisado criticamente de tempos em tempos, para dar conta das alterações na organização, na maturidade do sistema, etc., ou, pelo menos, no momento de reavaliação. O tempo total gasto com a reavaliação dependerá das constatações da análise crítica, conforme definido nos parágrafos G.3.6.6 e G.3.6.7 do Guia ISO/IEC 62. Convém que o tempo de reavaliação seja proporcional ao tempo que seria gasto na avaliação inicial da mesma organização, ou seja, cerca de 2/3 do tempo que seria necessário para a avaliação inicial no momento da reavaliação. O tempo de reavaliação é bem superior ao tempo gasto com o acompanhamento de rotina; porém, quando a reavaliação é realizada ao mesmo tempo que uma visita planejada de acompanhamento de rotina, a reavaliação deverá ser suficiente para atender também aos requisitos de acompanhamento. Independentemente da conclusão a que se chegue, se aplica a esse caso o parágrafo G 3.3.1 do referido Guia. Exemplos de fatores que poderiam aumentar o tempo de auditoria: Exemplos de fatores que poderiam reduzir o tempo de auditoria: Convém que todos os atributos do sistema, dos processos e dos produtos/serviços da organização sejam considerados, fazendo-se o devido ajuste para os fatores que possam justificar o aumento ou a redução do tempo com vistas a uma auditoria eficaz. Os fatores aditivos poderão ser compensados pelos fatores subtrativos. Em quaisquer situações em que forem feitos ajustes do tempo fornecido na tabela, deverão ser mantidos suficientes registros e evidência para justificar a variação.
É improvável que a soma total de todos os ajustes feitos por uma determinada organização, considerando-se todos os fatores, reduza o tempo necessário para a auditoria inicial em menos de 30% do tempo fornecido na tabela.
Texto traduzido por Marily Tavares Sales, do QSP. |