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MELHORIA CONTÍNUA NO BANCO DO BRASIL Marisalvo da Silva
RESUMO Consciente de que qualidade é fator essencial para a sobrevivência no mercado competitivo e voltado para as necessidades do cliente, o Banco do Brasil - instituição financeira presente em todos os cantos do mundo está investindo em um Programa capaz de instituir padrões de excelência e de desempenho marcados pela produtividade, capacidade de inovação e de respostas rápidas às necessidades dos clientes. Em 1992, o Banco do Brasil lançou o Programa da Qualidade e em 1995 adotou os Critério de Excelência do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) como balizador do Programa. Atualmente, o Banco do Brasil mantém em andamento um Programa de Qualidade, abrangendo 77 mil funcionários e 4.500 pontos de atendimento e os esforços em prol da melhoria contínua dos produtos e serviços resultaram em quatorze certificados ISO 9002, no Prêmio Qualidade em Bancos 1998, no reconhecimento da Unidade de Crédito na faixa Prata do Prêmio Qualidade do Governo Federal (PQGF) ciclo 1998 e das Unidades Varejo e Serviços e Seguridade na faixa Bronze do PQGF ciclo 1999 e no reconhecimento de 07 agências instaladas no Rio Grande do Sul no nível I do Prêmio Gaúcho da Qualidade. Este trabalho busca demonstrar a estratégia adotada pelo Banco do Brasil através da utilização de técnicas e ferramentas para aperfeiçoamento contínuo dos produtos e processos e da mudança de atitude em relação ao cliente, de forma a contribuir para torná-lo uma empresa competitiva e em condições de atingir sua Missão - Ser o melhor banco do Brasil. INTRODUÇÃO Com a estabilização da economia e a perda de ganhos decorrentes de altas taxas inflacionárias, os bancos vêm buscando estratégias e metodologias que proporcionem aumento da produtividade e conseqüente percepção da qualidade pelos seus clientes. Os bancos vêm aderindo de forma intensa aos programas de qualidade e à implementação de Sistemas da Qualidade de acordo com os requisitos das Normas da série ISO 9000, em busca de maior eficácia na gestão de seus processos que resultem em incremento da produtividade e consequentemente de resultados sustentáveis. De acordo com a FPNQ (1997), "a
melhoria e o aprendizado precisam estar impregnados no modo de funcionamento
da organização". Estar impregnado significa que a melhoria
e o aprendizado: O Banco do Brasil tem buscado que a melhoria e o aprendizado contínuos sejam internalizados e constituam um traço da cultura organizacional . Este enfoque possibilita a eliminação de problemas e a motivação das pessoas, além do incremento da satisfação dos funcionários por executarem suas atividades da melhor maneira possível. QUALIDADE NO BANCO DO BRASIL Em 1992, o Banco do Brasil lançou seu Programa da Qualidade e iniciou um projeto piloto no Centro de Processamento de Serviços e Comunicações - CESEC em Presidente Prudente (SP). Posteriormente o projeto foi estendido aos CESEC em Bauru e Marília (SP) para validação da metodologia. Em 1994 a metodologia desenvolvida no projeto-piloto foi disponibilizada para todas as dependências do Banco. Em 1995, o Programa foi reestruturado adotando como balizadores os Critérios de Excelência do Prêmio Nacional da Qualidade, que inclui: liderança, planejamento estratégico, gestão de pessoas, foco no cliente e no mercado, gestão de processos e resultados do negócio. Para disseminação dos Critérios de Excelência do PNQ, optou-se por inicialmente enfatizar a Gestão de Processos, através da implantação de Sistemas de Garantia da Qualidade de acordo com as Normas ISO série 9000, do Gerenciamento de Macroprocessos (GMP), do Gerenciamento da Rotina e do Estudo e Aperfeiçoamento de Processos (EAP). Atualmente, o Banco do Brasil mantém em andamento um Programa da Qualidade abrangendo 77 mil funcionários e 4.500 pontos de atendimento e está implementando o Plano de Excelência e Competitividade - PEC. O Plano de Excelência e Competitividade tem como objetivo implementar ações estratégicas que conduzam o BB à excelência em sua Gestão, através da revisão dos processos, redução de retrabalho, aumento da capacidade de comercialização e redução do estresse do funcionário. Uma característica marcante do PEC é a simultaneidade das ações. As equipes participantes seguem um cronograma nacional único para aprimoramento de seus produtos/processos. O PEC é estruturado em quatro pilares básicos que visam o alcance dos objetivos propostos:
O Plano de Excelência e Competitividade teve início em dezembro/97, abrangendo 15.500 funcionários lotados em 162 agências e 62 superintendências, os quais durante 18 semanas, sintonizaram-se no aperfeiçoamento de cerca de 2.100 processos do Banco. O foco essencial da fase 2 do PEC iniciada em junho/99 foi a melhoria do atendimento e do gerenciamento de recursos. Para tanto, foram capacitados 44.462 funcionários, distribuídos em 2.849 agências e postos de atendimento e 25 superintendências estaduais, os quais realizaram 3.814 EAP - Estudo e Aperfeiçoamento de Processos, enfocando a melhoria contínua através de planos de ação de melhorias, alicerçados no ciclo PDCA. METODOLOGIAS PARA AGÊNCIAS Dependendo do porte da dependência ou de sua localização geográfica, o Banco do Brasil utiliza-se de diversas metodologias validadas em diversas dependências no País antes de sua extensão ao Conglomerado. As agências de médio porte utilizam-se da metodologia BB/SEBRAE desenvolvida a partir da customização da metodologia do Programa SEBRAE da Qualidade para Micro e Pequenas Empresas e constitui-se de 13 módulos a serem discutidos quinzenalmente pelo grupo de administradores, em conjunto com multiplicadores treinados. A implementação é conduzida pelo administrador e abrange temas tais como: planejamento estratégico, melhoria de processos, administração participativa, delegação e satisfação dos clientes (Tabela 1). As agências de pequeno porte ou geograficamente dispersas utilizam-se da Metodologia Auto-instrucional desenvolvida em 11 fascículos. Nesta metodologia, cabe ao administrador a condução do estudo, discussão e implementação das diversas atividades previstas nos fascículos. |
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Tabela 1 - Temas dos fascículos das metodologias |
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Tabela 2 - Etapas do Gerenciamento da Rotina
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