Terminologia
internacional conforme ISO Guide 73
Tratamento de riscos (risk treatment)
processo de seleção e implementação de medidas para modificar um
risco.
Nota 1 - O termo "tratamento de
riscos" é usado algumas vezes para expressar as próprias medidas.
Nota 2 - As medidas de tratamento de riscos podem incluir: decisão de
evitar o risco, otimização, transferência ou retenção do risco.
Evitar
o risco (risk avoidance)
decisão de não se envolver numa situação de risco ou ação para se
retirar dela.
Nota - A decisão pode ser tomada com base no resultado da avaliação
do risco.
Transferência
de riscos (risk transfer)
divisão do ônus de uma perda, ou dos benefícios de um ganho,
resultante de um risco, com uma outra parte.
Nota 1 - Requisitos legais ou
regulamentares podem limitar, proibir ou obrigar a transferência de
certos riscos.
Nota 2 - A transferência de riscos pode ser realizada por meio de
seguro ou outros acordos.
Nota 3 - A transferência de riscos pode gerar novos riscos ou
modificar riscos existentes.
Nota 4 - Reposicionamento da fonte não é transferência de
riscos.
Retenção
de riscos (risk retention)
aceitação do ônus de uma perda, ou dos benefícios de um ganho,
resultante de um determinado risco.Nota 1 -
A retenção de riscos inclui a aceitação de riscos que não tenham sido
identificados.
Nota 2 - A retenção de riscos não inclui tratamentos envolvendo
seguro ou transferência por qualquer outro meio.
Nota 3 - Pode haver variabilidade no grau de aceitação e
dependência em relação aos critérios de risco.
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Os
Sistemas da Qualidade e a Gestão de Riscos (2ª
parte)
(Este texto é uma adaptação que fiz de um artigo de Russell T.
Westcott, professor e consultor norte-americano)
É cada vez maior o número de métodos e técnicas
que são usados para identificar e analisar exposições a perdas, já que a análise
de uma possível exposição é tão difícil de se fazer quanto a identificação
da exposição em si. A lista a seguir relaciona algumas forma eficazes para
identificar e analisar tais exposições.
1. Analisar os incidentes relatados
que envolvam perdas potenciais ou reais. O primeiro lugar que se deve olhar
é a própria organização. Analise os registros para descobrir informações
sobre:
-
Indenização por perdas referentes aos últimos dois ou três
anos, incluindo multas e acordos extrajudiciais;
-
Indicação e gravidade de dívidas incobráveis e
pagamentos atrasados de clientes;
-
Indicação de perdas devido a ações fraudulentas de
fornecedores ou funcionários;
-
Indicação de perdas devido ao cancelamento de licenças,
certificações etc;
-
Possíveis perdas caso expire um período de patente.
O segundo lugar que se deve "olhar" é para fora da empresa; ou seja,
requisitar dados de seguradoras referentes aos tipos e quantidades de indenizações
feitas em nome da organização (ex.: indenizações referentes à saúde e
acidentes/invalidez, responsabilidade civil).
Em seguida, analise os registros da
comunidade dos últimos anos sobre acidentes locais que tenham causado perdas.
Esses acidentes podem não apenas se repetir na sua empresa, mas também
inspirar outros a acusar sua organização pela mesma razão. Algumas fontes de
registros da comunidade são:
-
Registros da prefeitura e arquivos históricos;
-
Arquivos de jornais locais;
-
Fontes de bibliotecas locais;
-
Arquivos da polícia e registros do corpo de bombeiros
local.
2. Coletar dados de fontes internas. Conduzir sessões de brainstorming
com os funcionários de todos os níveis e funções da organização, bem como
realizar enquetes para coletar exemplos de pontos onde possam estar escondidos
possíveis riscos.
3. Auditar declarações financeiras e
documentos de suporte. Questões financeiras são talvez a causa mais comum
da exposição a riscos na maioria das organizações, estando entre os mais
lucrativos quando reparados ou evitados. Toda organização tem de relatar suas
informações financeiras para uma série de entidades, incluindo a Receita
Federal, ainda que muitas empresas contem com a ajuda de contadores internos e
externos para verificar essas informações. No entanto, se a direção se
acostumasse a examinar essas declarações, certificando-se de que elas batem
com suas próprias informações, poderia dar o sinal vermelho quando necessário
e manter os contadores em alerta.
4. Elaborar e analisar mapas de processo. Faça um mapa
(fluxograma) dos processos principais. Para tanto, será necessário convocar um
grupo representativo de funcionários que dê contribuições para o processo,
realize o processo e receba os resultados do processo. A partir do(s) mapa(s),
discuta onde há possíveis "pontos de risco" no processo.
Representantes de fornecedores e clientes também podem ser úteis nessa análise.
5. Conduzir inspeções e auditorias
de processo periódicas. As inspeções de segurança e saúde não apenas
buscam não-conformidades com os regulamentos, mas também oportunidades para
reduzir riscos. Pode-se também incorporar perguntas para identificar possíveis
riscos nas auditorias internas do SGQ - Sistema de Gestão da Qualidade, bem
como nas auditorias de produtos. Pergunte-se sempre se, nas mãos do usuário
final, o produto poderá ser usado com segurança durante seu ciclo de vida,
incluindo o descarte.
6. Utilizar a FMEA (Análise de Modos
de Falha e Efeitos). Essa é uma boa técnica para determinar o que pode dar
errado e que impacto esse erro terá nos processos e no produto, tendo como
objetivo evitar as falhas e seus efeitos. Veja a seguir uma aplicação da FMEA.
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Fontes
genéricas de risco e suas áreas de impacto
(segundo a norma AS/NZS 4360)
A identificação de fontes de risco e áreas de impacto fornece uma
estrutura para a identificação e análise de riscos. Devido ao potencial
grande número de fontes e impactos, desenvolver uma lista genérica ajuda a
focalizar as atividades de identificação de riscos, além de contribuir
para a gestão mais eficaz dos mesmos.
As fontes de risco genéricas e as áreas de impacto são selecionadas de
acordo com a sua relevância para a atividade que está sendo estudada. Os
componentes de cada categoria genérica podem servir de base para um estudo
completo dos riscos.
Cada fonte genérica possui diversos componentes e cada um deles pode dar
origem a um risco. Alguns componentes ficarão sob o controle da
organização que está conduzindo o estudo, enquanto que outros não. Ambos
os tipos precisam ser considerados ao se identificar riscos.
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Risk Management:
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