Responsabilidade Social
Exigências
de mercado levam empresas de pequeno e médio portes a adotar certificação de
boas práticas trabalhistas
por Andrea Vialli (O Estado de São Paulo)
Atuar de modo responsável não é exclusividade das grandes empresas, embora
estas disponham de mais recursos financeiros para realizar investimentos nesse
campo. Aos poucos, as pequenas e médias empresas acordam para o diferencial
competitivo da gestão com foco na responsabilidade social. E passam a buscar
ferramentas para legitimar suas práticas, como a certificação SA 8000 - que
garante condições éticas de trabalho nas empresas.
O Brasil possuia 74 certificações SA 8000 até 31 de março passado, de
acordo com a Social Accountability International, ONG com sede nos Estados
Unidos que foi criada com o propósito de fornecer padrões internacionais de
boas condições de trabalho (veja aqui
a relação de empresas certificadas no Brasil e no mundo). Das certificações,
mais de 30 foram concedidas para empresas de pequeno e médio portes, segundo as
empresas certificadoras que trabalham com a norma no País - Bureau Veritas
Quality International (BVQI), Det Norske Veritas (DNV), SGS Systems &
Services e ABS Quality Evaluations.
O certificado SA 8000 se tornou um termômetro da importância que as
práticas internas empresariais têm em uma economia competitiva. A maior parte
das pequenas e médias acabou se certificando por sugestão da matriz, no caso
de multinacionais, ou por exigências de clientes - geralmente grandes empresas,
que querem estender suas práticas de responsabilidade social para a cadeia de
fornecimento.
A Dräger Indústria e Comércio é um exemplo. A empresa é subsidiária da
alemã Dräger e atua na importação, comércio e assistência técnica de
equipamentos hospitalares e de proteção individual (EPIs). Já havia obtido a
certificação ISO 9001 e , em agosto deste ano, conseguiu a SA 8000. A matriz
recomendara que a empresa cumprisse criteriosamente a legislação trabalhista.
Mas a exigência de um grande cliente - no caso, a Petrobrás, para quem fornece
equipamentos de proteção individual - motivou a empresa a obter o certificado.
'Temos de estar afinados com as leis brasileiras, até pela natureza dos
produtos que fabricamos, que exigem conformidade. Por isso, a obtenção da SA
8000 foi simples', diz Whayner Souto, coordenador da qualidade da Dräger do
Brasil.
A GS Plásticos também buscou a SA 8000 por exigência de clientes de grande
porte, como McDonald´s, Avon, Nestlé e Kraft Foods. Com duas unidades
industriais - uma em Diadema (SP) e outra em Três Lagoas (MS) -, a empresa
fabrica descartáveis, utilidades domésticas e brindes promocionais, como os
brinquedinhos que vêm nos kits infantis do McDonald´s. 'Esse foi o principal
motivo pelo qual buscamos a certificação: trabalhamos com produtos voltados a
crianças, e queríamos mostrar ao mercado que não abrigávamos trabalho
infantil ou forçado. A SA 8000 comprova essa postura', diz Noemy Uehara,
coordenadora do sistema de gestão da GS Plásticos. A certificação veio em
junho de 2003.
A obtenção do certificado SA 8000 ainda é um requisito contratual de
qualificação de fornecedores - mas caminha para se tornar uma barreira
não-tarifária. Entre contratar um fornecedor com boas práticas corporativas e
outro sem, o primeiro levará vantagem, segundo Karina Tagata, gerente de
desenvolvimento de negócios da certificadora SGS do Brasil. 'Um ambiente ético
tem efeito cascata: vai além dos muros da organização e chega à sociedade',
explica. 'A empresa passa a ser mais respeitada, o que leva à sua permanência
no mercado, pois os consumidores estão mais atentos.'
Para obter mais informações sobre a implantação da SA 8000, bem como
sobre a adesão e adequação de empresas ao Pacto Global, da ONU, ou sobre a
utilização de indicadores GRI e outras ferramentas voltadas para a
Responsabilidade Social e o Desenvolvimento Sustentável, contatar o QSP
através do e-mail: consultoria@qsp.org.br
ou do telefone: (11)3704-3200.
Vale a pena ler
de novo
A cultura de sua
empresa está preparada para o Seis Sigma? (2ª parte)
Qualidade em empresas de serviços
Foco na
satisfação dos clientes
Ciclo
de Conferências do 8º CNEC
Conheça a seguir mais duas das 32 conferências do 8º
Congresso Nacional de Empresas Certificadas, que ocorrerá em
São Paulo no período de 19 a 22 de setembro de 2005:
Conferência C1
Responsabilidade
Social - Que modelos e ferramentas utilizar? (Pacto Global, Metas
do Milênio, SA 8000, Balanço Social, Indicadores GRI etc)
Tópicos: Apresentação
de modelo para identificação do estágio atual da empresa em Gestão e Relatórios
de Responsabilidade Social. Análise de características. Recomendações de
aplicabilidade dos instrumentos disponíveis: padrões, códigos de conduta,
relatórios. Quais as variáveis e os cenários que devem ser considerados
para inserir a Responsabilidade Social na estratégia dos negócios. Quem
são e como promover o engajamento das Partes Interessadas (stakeholders).Estudo
de caso (dinâmica de grupo): etapas do processo de implementação da
Responsabilidade Social na organização.
Data e Horário: 19/9
(9h00 - 12h00)
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Rosmary
Delboni -
Graduada em Administração de Empresas, com extensão em Tecnologia
da Informação. Especialização em Gestão de Pessoas, Comunicação
Corporativa e Responsabilidade Social. Consolidou seu desenvolvimento
profissional atuando como executiva em grandes grupos empresariais.
Atualmente é diretora do Instituto Holus. Consultora e Assessora do
QSP nas áreas de Planejamento Estratégico, Gestão de Pessoas e
Responsabilidade Social.
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Conferência
C9
Protocolo
de Kyoto - Projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)
- Como adquirir créditos resgatados junto ao Banco Mundial
Tópicos/Abordagem: Gases
de Efeito Estufa (gás carbônico, metano e óxidos de nitrogênio).
O MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (países
industrializados, listados no Anexo I do Protocolo de Kyoto, têm
compromissos de redução de emissão desses gases, que devem
ser cumpridos dentro do período de 2008 a 2012. Na
impossibilidade de alterar seus processos e instalações,
empresas desses países podem apelar para projetos de MDL. O
Brasil, por sua condição de país em desenvolvimento, Não
Anexo I, pode ter suas empresas atuando como “anfitriãs”,
ou seja, recebendo como parceiras empresas “visitantes” de
países Anexo I, ávidas por terem seu excesso de emissão
compensado). A Conferência esclarecerá todas as etapas para
a condução de um projeto MDL.
Data e Horário: 20/9
(9h00 - 12h00)
 |
Samuel
Barbosa -
Engenheiro Mecânico, com Especialização em Engenharia
de Solda. Funcionário da DET NORSKE VERITAS – DNV - há
28 anos onde é “Principal Surveyor”, tendo sido
Gerente de Atividades Offshore e Gerente de Vistorias
Navais e de Inspeção de Equipamentos. Foi durante 10
anos Gerente do Departamento de Certificação de
Materiais e Sistemas de Gestão da Qualidade para a DNV
América do Sul, período durante o qual consolidou o
nome da DNV nessa atividade no mercado
brasileiro.Atualmente ocupa o cargo de Diretor e é o
responsável pelo Desenvolvimento de Novos Negócios
para a DNV Brasil.
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Veja
aqui como
será o Congresso deste ano...
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(clique no respectivo link para ver o
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8º
CNEC - Congresso Nacional de Empresas Certificadas
CICLO
DE CONFERÊNCIAS 2005
A
partir de R$ 80,00 por conferência.
Apoio: ABNT/CB-25, ABNT Certificadora, ABS-QE, BSI, BVQI, DQS, DNV, FAAP,
SGS, VANZOLINI.
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