Os reportes de quase acidente
fornecem às empresas informações
valiosas sobre os perigos
potenciais, bem como dados
importantes para a avaliação de
riscos. No entanto, quando, por
qualquer razão, os trabalhadores não
relatam os quase acidentes, a
informação coletada torna-se menos
confiável e pode deixar brechas no
processo de coleta de dados.
A seguir, listamos 8 motivos
pelos quais os quase acidentes não
têm sido reportados nas empresas.
Complacência
Os trabalhadores sentem-se
“confortáveis” com a forma como as
coisas são feitas e estão dispostos
a suportar pequenos inconvenientes,
porque percebem que isso é mais
fácil do que resolver a situação.
Eles podem até constatar que há
riscos de lesões ou de danos aos
equipamentos associados a
procedimentos específicos, mas assumem uma postura de que “isso não
vai acontecer comigo”, ou “isso não
é problema meu”.
Preocupações a respeito de
culpa/reclamações/punições
Os trabalhadores podem
desenvolver o medo ou preocupação de
serem responsabilizados por um quase
acidente, principalmente se presenciaram uma reação negativa a
um quase acidente reportado no
passado. Da mesma forma, é possível
que tenham presenciado um
colega de trabalho que foi tratado
inadequadamente depois de ter se
acidentado no ambiente de trabalho.
Processo complicado
Se o processo de preencher um
reporte de quase acidente é
complicado, muito demorado ou
confuso, os trabalhadores hesitam em
enviar o reporte.
Pressão do grupo
Colegas de trabalho podem
interpretar o relato de um quase
acidente de diferentes maneiras.
Eles podem vê-lo como sendo
originado pela ação de um herói ou
de um vilão. Se a pessoa que relata
o quase acidente é vista pelos
colegas de trabalho como tentando se
aproximar da alta administração, e
outros funcionários comentam isso,
tal pessoa pode ser menos propensa a
reportar quase acidentes,
principalmente se o quase acidente
ocorrer com um de seus colegas de
trabalho que fazem esse tipo de
comentário.
Preocupações com a
reputação/constrangimento
Os trabalhadores estão
frequentemente preocupados com o
fato de que relatar quase acidentes
faz com que pareçam propensos a
acidentes, especialmente se outros
colegas de trabalho não estão
reportando tais incidentes.
Essa preocupação decorre do fato
de que a alta direção teria acesso
aos registros de desempenho na área
de Segurança do Trabalho, podendo
compará-los com o desempenho dos
funcionários.
Evitar interrupções no
trabalho
Todos os trabalhadores têm prazos
a cumprir e/ou metas a atingir.
Relatar um quase acidente significa,
no mínimo, parar de trabalhar para
preencher um reporte e,
possivelmente, várias horas
adicionais de inatividade.
Evitar burocracia
Além da aversão natural de muitas
pessoas em preencher muitos
papéis, algumas empresas podem
solicitar que os trabalhadores falem
de seus quase acidentes em reuniões
e/ou reportem o ocorrido nas
reuniões de diretoria. No entanto,
se os funcionários acreditarem que o
preenchimento de um reporte de quase
acidente pode consumir muitas horas
de reuniões e papelada sem fim, eles
podem optar por não preencher ou
apresentar o reporte.
Falta de
reconhecimento/feedback
Se um trabalhador reporta um
quase acidente e nunca recebe
qualquer feedback a respeito
de como o problema foi solucionado,
ou nunca é reconhecido de uma forma
positiva pelo preenchimento do
reporte, esse funcionário estará
menos propenso a relatar um quase
acidente no futuro.
Nenhum dos 8 motivos e questões aqui
apresentados são insanáveis. No
entanto, é necessário planejamento,
comunicação e implementação
diferenciados para que se reduza a
probabilidade de que esses problemas
ocorram no ambiente de trabalho.
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Texto preparado por Fernando
Fibe De Cicco, coordenador de novos
projetos do QSP, a partir de
material interno da empresa
norueguesa Mellora, desenvolvedora
do app QSMS Grátis e parceira do QSP
no Brasil.