Terminologia
internacional conforme ISO Guide 73
Aceitação de riscos (risk
acceptance)
decisão de aceitar um risco.Nota 1 -
O verbo "aceitar" foi escolhido para transmitir a idéia de que
aceitação tem o mesmo significado básico do dicionário.
Nota 2 - A aceitação de riscos depende dos critérios de risco.
Controle
de riscos (risk control)
ações de implementação de decisões referentes à gestão de
riscos.
Nota - O controle de riscos pode
abranger: monitoramento, reavaliação e conformidade em relação às
decisões.
Financiamento
de riscos (risk financing)
provisão de fundos para cobrir o custo de implementação do
tratamento de riscos e de outros custos associados.
Nota - Em alguns setores, o financiamento
de riscos se refere apenas ao financiamento das conseqüências
financeiras relacionadas ao risco.
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Multiplicam-se os estudos de riscos em "joint-group"
Nos últimos 10 anos, a Gestão de Riscos tem se tornado uma das disciplinas
de destaque nas empresas, e cada vez mais tem sido parte integrante obrigatória
de qualquer planejamento estratégico organizacional.
Pena que o conceito de gerenciamento de riscos seja ainda adotado de forma
dispersa por diferentes grupos e para questões bastante distintas.
Para muitas pessoas ligadas à área de seguros, a Gestão de Riscos é a
ciência que se ocupa basicamente dos chamados riscos seguráveis e da
redução dos custos de seguros. Para profissionais da área financeira, o gerenciamento de riscos consiste no
uso de técnicas sofisticadas de hedging (proteção de ativos
financeiros), no manejo adequado de taxas de juros e, mais recentemente, em boas
práticas de governança corporativa, incluindo comitês de auditoria e
controles contábeis internos.
Para muitos analistas sociais, acadêmicos e
políticos, representa o controle de situações que afetam ou podem afetar o
meio ambiente, e que são decorrentes do crescente e desordenado avanço
tecnológico. Já para administradores hospitalares, por exemplo,
pode significar o mesmo que garantia da qualidade dos serviços prestados
aos pacientes. E, para os profissionais da área de segurança,
traduz-se fundamentalmente na redução de doenças e acidentes do trabalho e de
acidentes com danos à propriedade e ao meio ambiente.
Sem dúvida alguma, todos esses enfoques da Gestão de
Riscos, apesar de corretos, são incompletos e limitados.
Na verdade, a existência de todos eles advém
sobretudo das crescentes incertezas que cercam o mundo em que vivemos. Resulta,
enfim, da necessidade que temos de administrar nossas vidas e nossas empresas de
forma mais inteligente frente às incertezas, ameaças e oportunidades.
Cada uma dessas faces da Gestão de Riscos, como não
poderia deixar de ser, tem seu jargão próprio e utiliza técnicas específicas,
qualitativas e quantitativas, muitas delas bastante sofisticadas.
Entretanto, as limitações de tais abordagens residem
no fato de focalizarem somente os aspectos negativos de apenas uma parte de todo o espectro de riscos a que as organizações estão expostas, não levando
geralmente em conta também os aspectos positivos dos riscos, traduzidos em
termos de ganhos e oportunidades de benefícios potenciais.
Apesar dessa dispersão do conceito de Gestão de
Riscos, multiplica-se o número de organizações que estão adotando os processos
de GR, principalmente, para a condução de Análises de Riscos de Projetos,
incluindo aí projetos de novas unidades, modificações/otimizações de
processos, ampliações de instalações, aquisições de novas tecnologias e
equipamentos etc.
Os estudos de riscos de que temos participado,
englobando desde riscos "estratégicos" até riscos tecnológicos -
e respectivas oportunidades de benefícios, têm se caracterizado pelo
aumento significativo da aplicação da abordagem que denominamos "joint-group",
a qual eu e o meu parceiro de longa data, engº Mario Luiz Fantazzini,
propusemos em 1990 como alternativa mais eficaz aos estudos de riscos e de
confiabilidade desenvolvidos de forma "fechada" ou
"solitária".
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Etapas
para o desenvolvimento e a implementação de um programa de Gestão de
Riscos
(segundo a norma AS/NZS 4360)
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Suporte da alta direção
Desenvolver uma filosofia organizacional de gestão de riscos e
conscientizar os níveis da alta direção sobre 'riscos'. Isso poderia
ser facilitado com educação, treinamento e orientação da direção
executiva.
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Elaboração da política organizacional
Desenvolver e documentar uma política corporativa e uma estrutura
para a gestão de riscos, que deverão ser endossadas pelo principal
executivo e implementadas em toda a organização.
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