- Desde
que citada a fonte (QSP) juntamente com o nosso
endereço (www.qsp.org.br),
é permitida a retransmissão dos artigos e informações por nós
publicados.Os infratores estarão sujeitos às medidas
legais cabíveis.
- A opinião dos autores dos artigos
assinados não reflete, necessariamente, a posição do QSP.
- Agradecemos o envio de novas colaborações
(artigos, notícias etc),através do e-mail: qsp@qsp.org.br
. |
Outubro/2002
ISO 9001:2000
Recursos Humanos: Parte Integrante da Melhoria
Contínua
Gordon Staples, Consultor
(EUA) James P. Gildersleeve, Editor do
Informed Outlook
Frases banalizadas como "as pessoas são nosso bem mais valioso" são
lugares comuns, mas nós diríamos que as pessoas são os únicos bens de uma
organização. Dentre os recursos de uma organização, a parte humana é
essencial. Conseqüentemente, falar sobre questões de treinamento em vez de
questões sobre desenvolvimento de recursos humanos é denegrir o papel que
as pessoas desempenham numa organização.
A Questão da Competência A ISO 9001:1994 possuía
requisitos relacionados com recursos humanos. Havia requisitos para
assegurar a disponibilidade de recursos adequados, conhecer as
necessidades dos clientes, compreender a política da qualidade em todos os
níveis, identificar quando era necessário o treinamento e realizá-lo, e
assim por diante. A ISO 9001:2000 introduziu a idéia de competência. A
ISO 9001:2000 exige a disponibilidade dos recursos necessários; a
determinação das necessidades dos clientes como sendo requisitos; uma
compreensão da política da qualidade; a identificação e o planejamento dos
recursos necessários; a disponibilidade de recursos humanos competentes
com base em educação, treinamento, habilidades e experiência apropriados;
a identificação de competência necessária das pessoas e a provisão de
treinamento ou de outras ações para satisfazer as necessidades referentes
à competência; uma avaliação da eficácia de treinamento; a verificação da
conscientização dos funcionários quanto à relevância de suas atividades; e
assim por diante. A percepção do que é competência organizacional e
individual, e se ela foi alcançada ou não, é determinada pelos líderes da
organização, variando grandemente de uma empresa para outra.
Simplificando, a organização precisa identificar suas metas futuras e
iniciar planos a fim de atender a essas metas. Os planos devem garantir
que os funcionários possuam a competência necessária com base em educação,
habilidades, experiência ou treinamento. Quando isso não ocorrer, será
necessária então uma ação para fechar as lacunas identificadas. Essa ação
pode envolver a redistribuição de tarefas aos indivíduos que possuem a
competência necessária, ou pode envolver treinamento. Porém, pode
compreender também outras atividades, como mudança das tarefas
distribuídas aos indivíduos ou contratação de pessoal com a competência
exigida. Onde quer que seja necessária a ação, a eficácia deve ser medida.
Esse conceito está ilustrado na Figura 1 a seguir. A organização deve
ser capaz de produzir evidências, demonstrando que a competência
necessária dos funcionários foi determinada e que sua real competência foi
comparada com o requisito. Se a organização tem alguma idéia de que a
competência organizacional e a individual são reveladas quando o trabalho
é feito em níveis normais de proficiência, a avaliação da competência
poderá, então, ser um processo simples e fácil de se entender.
Conversando-se com os auditores, pode-se verificar se a organização
avaliou suas necessidades e providenciou um registro dessa avaliação. O
esforço necessário para se alcançar os níveis exigidos de competência
depende dos líderes da organização e das metas que eles estabelecem.
Muitas vezes, os sistemas de premiação das empresas, na verdade, impedem
os gerentes e os funcionários de alcançar níveis maiores de competência
organizacional, devido à existência de um ambiente de conformidade com
regras. Organizações que são muito estruturadas hierarquicamente,
possuindo muitos níveis claramente definidos de direção sênior e júnior,
orçamentos divisionais e departamentais, e assim por diante, tendem a
reprimir qualquer coisa que possa diferir de seus conceitos. A competência
organizacional, sem falar em competência divisional, departamental e
pessoal, jamais desafia metas num ambiente desses, tornado-se
estagnada.
Figura 1 - Identificando e Fechando Lacunas de
Competência
Inovando com a ISO 9001:2000 Alguém poderia
argumentar que os objetivos da ISO 9001:1994 e da ISO 9001:2000 são muito
semelhantes. Contudo, a ISO 9001:1994 não dizia tão categoricamente quanto
a ISO 9001:2000 que os recursos incluem todos os recursos humanos. Também
não dizia especificamente que as pessoas precisariam ter treinamento,
educação e habilidades adequados, ou que a eficácia do treinamento deveria
ser medida. Provavelmente, muitas empresas não se preocupavam em perguntar
como a direção sabia se o treinamento havia sido eficaz, mesmo como uma
forma de ação preventiva (ou corretiva), como também os auditores das
empresas. Há muitos exemplos na ISO 9001:2000 de requisitos que podem
ser considerados como inovadores, mas que, evidentemente, já eram
aplicáveis na ISO 9001:1994. O Anexo B da ISO 9001:2000, "Correspondência
entre NBR ISO 9001:2000 e NBR ISO 9001:1994", lista apenas três itens em
que não há qualquer correspondência:
1. Seção 5.6.2, (Direção) "Entradas para Análise Crítica" 2. Seção
5.6.3, "Saídas para Análise Crítica" 3. Seção 8.2.1, "Satisfação de
Clientes"
A real falta de correspondência provém dos detalhes. Assim, a ISO
9001:2000 inclui os seguintes requisitos que não estavam especificados com
tanta clareza na ISO 9001:1994:
1. A seção 4.1(d), "Sistema de gestão da qualidade - Requisitos gerais"
exige "a disponibilidade de recursos e informações necessárias".
Anteriormente, a ênfase estava na necessidade de procedimentos
documentados apenas para produção, instalação e serviço. A ênfase agora
está, nitidamente, nas necessidades humanas. 2. As seções 4.2.3,
"Controle de documentos" e 4.2.4, "Controle de registros", exigem (assim
como as seções 8.2.2, "Auditoria interna", 8.3, "Controle de produto
não-conforme", 8.5.2, "Ação corretiva", e 8.5.3, "Ação preventiva")
procedimentos documentados. Parece-nos estranho que sejam exigidos
procedimentos documentados para as seis atividades mencionadas, mas não
para os principais processos da empresa - como vender, projetar, comprar,
fazer, testar, expedir, faturar, prestar serviço, e assim por diante. Por
um lado, a ISO 9001:2000 exige menos procedimentos documentados do que a
ISO 9001:1994. Provavelmente, a razão disso seja a percepção de que
qualidade e procedimentos documentados não são sinônimos. Na ISO
9001:2000, portanto, a ênfase da qualidade será nas pessoas envolvidas, o
que é uma boa coisa. Por outro lado, como podem os procedimentos
documentados que a norma exige serem lógicos? Nenhuma explicação é dada na
ISO 9000, na ISO 9001 ou na ISO 9004; tampouco há qualquer ajuda nos
outros documentos publicados pela ISO (por exemplo, as brochuras
Princípios de Gestão da Qualidade e Seleção e Uso da ISO 9000).
Responsabilidade da Direção Em toda a seção 5,
"Responsabilidade da direção", faz-se referência à alta direção, definida
[na ISO 9000:2000] como "pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla
uma organização no mais alto nível". O grau de uso do termo alta direção,
portanto, enfatiza seu papel no sistema de gestão muito mais do que
ocorria na ISO 9001:1994. Segue-se também que, para a alta direção cumprir
seu papel, terá de estar pessoal e diretamente envolvida, num grau ainda
maior do que sugeria a ISO 9001:1994. Embora a seção 5.1, "Comprometimento
da direção", seja uma nova seção e contenha cinco amplos requisitos (a -
e) que estavam implícitos na ISO 9001:1994, nenhum em particular enfatiza
o desenvolvimento de recursos humanos. A seção 5.2, "Foco no cliente",
é uma nova seção que enfatiza o aperfeiçoamento da satisfação do cliente.
Esse requisito deveria fazer com que a organização pensasse no que os
clientes desejam nas unidades de medição utilizadas por eles. Como pode
uma organização aperfeiçoar a satisfação do cliente sem que o cliente
perceba uma melhoria? Técnicas como o Desdobramento da Função Qualidade
(QFD) foram elaboradas para possibilitar que todo o pessoal da organização
faça exatamente o que esse requisito está exigindo; o uso do QFD se
tornará, sem dúvida nenhuma, mais difundido. A seção 5.3, "Política da
qualidade", já existia anteriormente, mas agora possui requisitos mais
detalhados, como assegurar que a política seja apropriada ao propósito da
organização. Isso certamente requer que a empresa exponha claramente seu
propósito. Há também um requisito exigindo que a política inclua um
comprometimento com o cumprimento dos requisitos e com a melhoria contínua
da eficácia do sistema de gestão da qualidade. Alguns especialistas
sugerem que essa declaração - freqüentemente impressa, emoldurada e
exposta na área de recepção da empresa (e talvez em outras áreas) com o
título "Política da Qualidade" - deve, portanto, conter palavras como
"cumprir os requisitos", "melhorar continuamente a eficácia" e "objetivos
da qualidade". Alguns auditores até já chegaram a dizer que iriam emitir
uma não-conformidade se essas palavras não estivessem lá. Talvez essas
pessoas compreendam mal o objetivo da norma. Informações sobre "cumprir os
requisitos", "melhorar continuamente" e assim por diante deveriam
aparecer, de preferência, em outras partes de documentos sobre a política
- por exemplo, manual da qualidade da empresa, pedidos de compra ou
relatório anual. A seção 5.4.1, "Objetivos da qualidade", exige que os
objetivos sejam coerentes com a política e sejam mensuráveis.Os objetivos
também devem ser estabelecidos nos níveis e funções pertinentes da
organização. A seção 5.5.4, "Comunicação interna", deveria exigir que
a organização estabeleça e use processos apropriados para comunicação. A
palavra comunicação, porém, tem sido banalizada. Não há dúvida de que uma
empresa afirmará que sua Intranet possibilita que todos contatem
(comuniquem-se com) qualquer outra pessoa, ainda que o telefone ou mesmo
uma conversa face a face sejam métodos muito mais apropriados.
Recursos Humanos A seção 6.2.1, "Recursos humanos -
Generalidades", declara: "O pessoal que executa atividades que afetam a
qualidade do produto deve ser competente, com base em educação,
treinamento, habilidade e experiência apropriados. Por que a qualidade do
produto apenas? A competência do pessoal se baseia não apenas em educação,
treinamento, habilidades e experiência, mas também em conscientização,
atitude e comportamento, além do efeito do ambiente de trabalho
predominante. A seção 6.2.2, "Competência, conscientização e
treinamento", complementa o que foi dito anteriormente; mas, por alguma
razão, a seção 6.2.2(a) exige a determinação das "competências necessárias
para o pessoal que executa trabalhos que afetam a qualidade do produto". A
seção 6.2.2(d) inclui um requisito para que a organização assegure "que o
seu pessoal está consciente quanto à pertinência e importância de suas
atividades e de como elas contribuem para atingir os objetivos da
qualidade". Aqui talvez seja dada uma ênfase maior ao recurso humano e ao
seu valor e desenvolvimento, bem como ao reconhecimento de seu real lugar
nos recursos da organização. Em toda a seção 8, "Medição, análise e
melhoria", estão muitos requisitos relacionados com o uso de dados reais
(e, portanto, informações válidas) na medição de processos. A ISO
9001:1994 era muito limitada nessa área; conseqüentemente, executava-se
muitas ações corretivas que não identificavam as causas-raízes e jamais
resolviam os problemas. Isso, evidentemente, não era um problema com a
norma em si, mas apenas com a aplicação feita pelas organizações. A ISO
9001:2000 não dá mais ênfase à identificação das soluções mais apropriadas
do que o fazia a ISO 9001:1994. Talvez não nos surpreenda o fato de
que, numa norma que determina atividades para as organizações, o grau em
que são mencionados os recursos humanos é limitado. Esse tipo de norma não
costuma se preocupar com tais coisas. Historicamente, essas normas não têm
considerado o recurso humano como primário na garantia da qualidade. Em
vez disso, tem-se tratado os recursos humanos apenas como mais um dos
muitos requisitos exigidos. Sempre houve documentos produzidos para
complementar ou auxiliar os documentos de requisitos, mas, no início, eles
serviam como guias para se implementar as normas, diferentemente do que é
a ISO 9004:2000 - um guia para melhorias de desempenho.
Desenvolvimento de Recursos Humanos Nesta seção,
usaremos exemplos para discutir como a norma pode incentivar as
organizações a desenvolver seu sistema de gestão da melhor forma possível,
em vez de o utilizarem unicamente para atender aos requisitos dos
auditores de terceira parte. Discutiremos esses exemplos dentro do
contexto de desenvolvimento de recursos humanos. A ISO 9000:2000 faz
referência aos seguintes princípios de gestão da qualidade, nos quais a
ISO 9001:2000 parece estar baseada:
1. Foco no cliente 2. Liderança 3. Envolvimento de pessoas 4.
Abordagem de processo 5. Abordagem sistêmica para a gestão 6.
Melhoria contínua 7. Abordagem factual para tomada de decisão 8.
Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores
No contexto do desenvolvimento de recursos humanos, os princípios 2 e 3
acima (especialmente o 3), a princípio, parecem ser relevantes. Já
consideramos o fato de que os requisitos da seção 5, exigindo que a alta
direção esteja envolvida e demonstre liderança, deveriam instigar a
interação humana; mas, mesmo analisando-se a ISO 9001:2000, é muito
difícil verificar como a norma incentiva a aplicação do princípio 3. Em
várias análises, descobrimos que a ISO 9001:2000 pode até incentivar a
aplicação de certos princípios de gestão da qualidade, mas, no geral, ela
definitivamente não incentiva todos igualmente. Por exemplo, o item foco
no cliente recebe muito mais atenção (10 seções mencionam "cliente") do
que o item envolvimento de pessoas (2 seções mencionam "pessoal"). Para
que a ISO 9000 passe a ser de grande interesse para a alta direção, ela
deve ajudar a empresa a alcançar as metas de acordo com as quais ela é
medida. A maioria dessas metas são financeiras, tais como lucro, retorno
sobre investimento, valor de ações da empresa e assim por diante. Outras
pessoas já provaram muito bem (J. M. Juran e W. Edwards Deming, por
exemplo) que, para melhorar o lucro, o retorno sobre investimento e o
valor das ações da empresa, as organizações devem fazer três coisas
fundamentais:
Vender mais
Aumentar preços
Reduzir custos
Percebe-se que as empresas que vendem mais prestam melhor serviço; isso
justifica os preços promocionais. Apenas as empresas eficientes serão
capazes de reduzir custos sem afetar o valor, conforme observado pelos
clientes. As empresas cujos serviços são considerados melhores conseguem
manter o nível dos preços igual ou menor do que o de seus concorrentes e,
ainda assim, obter lucros maiores. Os recursos humanos - ou seja, os
funcionários - também têm metas, tais como segurança no emprego,
satisfação com o trabalho e orgulho em relação ao seu trabalho, e
compensação financeira adequada. Tudo isso só pode ocorrer na maior
extensão possível quando uma empresa é bem-sucedida em seus negócios.
Diretrizes para a Melhoria de Desempenho Segue-se
que, se a ISO 9004:2000 destina-se a auxiliar no processo de melhoria do
desempenho da empresa, então ela deve ajudar a atingir as metas acima e
outras metas associadas. As seguintes seções da ISO 9004:2000 recomendam
alguns dos princípios mencionados. A seção 5.2.2, "Necessidades e
expectativas" (de partes interessadas), diz: "Convém que a organização
identifique as necessidades e expectativas de suas pessoas quanto ao
reconhecimento, à satisfação no trabalho e ao desenvolvimento pessoal. Tal
atenção permite assegurar que o envolvimento e a motivação das pessoas
sejam tão fortes quanto possível". A seção 5.3, "Política da
qualidade", declara: "Ao estabelecer a política da qualidade, convém que a
Alta Direção considere... o desenvolvimento das pessoas na
organização". A seção 5.4.2, "Planejamento da qualidade", declara:
"Convém que as saídas do planejamento da qualidade da organização definam
os processos de realização de produto e de apoio necessários em termos de
habilidades e conhecimento necessários à organização,...". A seção
5.5.3, "Comunicação interna", declara: "Convém que a direção da
organização defina e implemente um processo eficaz e eficiente para
comunicação da política da qualidade... O fornecimento dessas informações
pode auxiliar na melhoria do desempenho da organização e envolve
diretamente as pessoas na organização para atingir os objetivos da
qualidade. É recomendável que a direção encoraje ativamente a
realimentação e a comunicação pelas pessoas na organização como meio de
promover seu envolvimento. "As atividades para comunicação incluem, por
exemplo:
- comunicação conduzida pela direção em áreas de trabalho,
- reuniões informativas e outras reuniões de equipe, tais como para o
reconhecimento de realizações,
- quadros de avisos, jornais/revistas internos,
- meio de comunicação eletrônica e audiovisual, como correio eletrônico
e páginas na internet, e
- pesquisas com empregados e programas de sugestão".
A seção 6.1, "Gestão de recursos", declara (na seção 6.1.2, "Aspectos a
serem considerados"), "Convém que sejam considerados recursos para a
melhoria do desempenho da organização, tais como...
- recursos intangíveis, como propriedade intelectual...
- aumento da competência por meio de treinamento, educação e
aprendizagem,
- desenvolvimento de habilidades de liderança e perfis para futuros
gerentes da organização, ..."
A seção 6.2, "Pessoas", declara (na seção 6.2.1, "Envolvimento de
pessoas"), "Convém que a direção melhore a eficácia e a eficiência da
organização ... por meio do envolvimento e do apoio de pessoas. Como ajuda
para atingir seus objetivos de melhoria do desempenho, convém que a
organização encoraje o envolvimento e o desenvolvimento de seu
pessoal:
- proporcionando treinamento contínuo e planejamento de carreira, ...
- reconhecendo e recompensando,
- facilitando a comunicação da informação de forma aberta e nos dois
sentidos,
- realizando continuamente análises críticas das necessidades de seu
pessoal,
- criando condições para encorajar a inovação,
- assegurando trabalho em equipe eficaz,
- comunicando sugestões e opiniões,
- usando medidas de satisfação do seu pessoal, e
- investigando porque as pessoas ingressam e deixam a organização".
A seção 6.2.2.1, "Competência", declara: "Consideração quanto à
necessidade de competências incluem fontes, tais como: ...
- antecipação das necessidades de sucessão de gerentes e da força de
trabalho, ...
- avaliação da competência individual das pessoas para realizar
atividades definidas".
A seção 6.2.2.2, "Conscientização e treinamento" declara: "No
planejamento das necessidades de educação e treinamento, convém que sejam
consideradas as alterações causadas [pelos]... estágios de desenvolvimento
das pessoas e pela cultura da organização. O objetivo é proporcionar às
pessoas conhecimentos e habilidades que, em conjunto com a experiência,
melhorem sua competência. [C]onvém que, no planejamento da educação e
treinamento, sejam considerados:
- experiência das pessoas,
- conhecimento tácito e explícito,
- habilidades de liderança e de gestão, ...
- formação de equipes, ...
- habilidades de comunicação, ...
- cultura e comportamento social, ...
- criatividade e inovação.
"Para estimular o envolvimento das pessoas, a educação e o treinamento
também incluem ...
- os benefícios oriundos da criatividade e da inovação, ...
- os programas de integração para pessoas recém-admitidas, e
- os programas periódicos de reciclagem para pessoas já treinadas.
"Convém que os planos de treinamento incluam ...
- § avaliação em termos de aumento da competência das pessoas ...".
A seção 6.4, "Ambiente de trabalho", declara: "Na criação de um
ambiente de trabalho adequado, sendo uma combinação de fatores humanos e
físicos, convém que sejam incluídas considerações a
- métodos criativos de trabalhos e oportunidades para aumentar o
envolvimento e identificar o potencial das pessoas na organização, ...
- interação social, ...
- instalações de apoio para as pessoas na organização, ...".
A seção 6.5, "Informação", declara: "Para gerenciar as informações,
convém que a organização ...
- § avalie os benefícios decorrentes do uso da informação para melhorar
a gestão de informação e de conhecimento".
A seção 7, "Realização do produto", declara (na seção 7.1.2, "Aspectos
a serem considerados"): "Convém que o papel das pessoas nos processos seja
avaliado para:
- assegurar a saúde e segurança das pessoas,
- assegurar que existem as habilidades necessárias, ...
- providenciar que a informação proveniente das pessoas seja usada na
análise do processo, e
- incentivar as inovações propostas pelas pessoas".
A seção 7.1.3.1, "Gestão de processos - Generalidades", declara:
"Exemplos de processos de apoio incluem ...
- treinamento das pessoas, ...".
A seção 7.1.3.2, "Entradas, saídas e análise crítica de processo",
declara: "Exemplos de aspectos de entrada a considerar incluem
- competência das pessoas, ...".
A seção 8.2.4, "Medição e monitoramento da satisfação das partes
interessadas", declara: "Convém que a organização identifique as
informações de medição requeridas para atender às necessidades das partes
interessadas (outras além dos clientes). ... É conveniente que tais
informações incluam a medição relativa a pessoas na organização. ... São
exemplos de medições:
a) Para suas pessoas, convém que a organização
- pesquise as opiniões de seu pessoal no que diz respeito a quão bem a
organização satisfaz suas necessidades e expectativas, e
- avaliação do desempenho individual e coletivo e sua contribuição para
os resultados da organização".
A seção 8.4, "Análise de dados", declara: "Convém que sejam integrados
e analisados dados e informações ... para uma avaliação eficaz do
desempenho global ... . Os resultados ... podem ser usados ... para
determinar ...
- satisfação de ... parte interessadas".
A seção 8.5.4, "Melhoria contínua da organização", declara: "[C]onvém
que a direção crie uma cultura que envolva ativamente as pessoas na busca
de oportunidades para melhoria ... . Para envolver as pessoas, convém que
a alta direção crie um ambiente ... de modo que as pessoas são encorajadas
... . Isso poder ser alcançado por atividades como ...
- reconhecimento e recompensa pela realização ..., e
- programas de sugestões ...".
A lista exaustiva acima nos mostra que a ISO 9004:2000 está tentando
prover reais diretrizes para que as empresas melhorem a eficácia (alcançar
objetivos) e a eficiência (alcançar objetivos com o mínimo de
desperdício). Todos as referências citadas aqui focalizam o ser humano;
está claro, portanto, que a ISO 9004:2000 reconhece a importância dos
recursos humanos para as organizações.
LEIA TAMBÉM
Para solicitar uma proposta de consultoria, clique aqui.
Para mais informações sobre o SISO 9001, contatar: consultoria@qsp.org.br
ou (11) 3704-3200.
|